Kelvin Hoefler será o representante do skate brasileiro na final do street das Olimpíadas de Paris. O medalhista de prata foi o único dos três brasileiros a conseguir se garantir na decisão. Giovanni Vianna e Felipe Gustavo ficaram de fora.
Kelvin foi o primeiro brasileiro a entrar na pista na Praça da Concórdia e jogou o sarrafo no alto. Com duas boas voltas, a primeira com nota 86.48 e a outra 90.41, que foi a que ficou valendo, se posicionou bem para a sequência.
Mesmo com três erros nas manobras, terminou com somatório de 265.24 ao acertar a última emplacando um 89.30, atrás apenas do argentino Matias dell Olio na bateria de abertura, que teve 266.26.
Leia mais:Enquanto compete, Hoefler fica em contato telefônico com a esposa Ana, além da comissão técnica que o acompanha. Para o skatista, as análises e dicas da parceira são cruciais nas competições.
– A minha esposa, a Ana, desde as outras Olimpíadas vem me ajudando. Ela está comigo todos os dias no treino. Sabe do que eu sou capaz, o que eu errei… Ela é muito precisa nessa questão. A ajuda dela foi muito boa junto com o Mancha. Os dois estavam na conexão, então [falam] “vai um pouco mais devagar, se tiver vento para, é muito impacto…” esses detalhes. A gente só dropa ali e dá uma manobra. Não fica na cabeça detalhe por detalhe. Tendo a equipe técnica do meu lado ali é muito importante mesmo – destacou.
A segunda bateria jogou Kelvin duas posições para baixo com as boas notas do americano Jagger Eaton, e do japonês Sora Shirai. Mas seguiu na zona de classificação.
Os outros dois brasileiros na disputa, Giovanni Vianna, atual campeão mundial, e Felipe Gustavo entraram na pista juntos na terceira bateria e não tiveram o mesmo sucesso do compatriota.
Vianna até abriu bem a disputa, com uma nota 85.67 na volta. Nas manobras, errou as duas primeiras antes de emplacar um 92.85, que o posicionou bem para uma vaga na final. Foi aí que veio a decisão polêmica do brasileiro.
Giovanni finalizou a quarta tentativa, mas errou o encaixe do skate. Isso faria com que a nota fosse mais baixa e de quebra o forçaria a trazer uma manobra diferente para a última tentativa. Por isso ele abriu mão da nota para poder arriscar novamente na quinta chance e errou.
Sem três notas para somar, acabou fora da disputa por medalha. Felipe Gustavo também não avançou. Assim como o compatriota, não teve três notas no somatório, ficou com 157.89 e voltou para casa sem chances de pódio.
A lenda Nyjah Huston entrou na disputa na última bateria e deu show. Com três notas na casa dos 90 pontos, o americano conseguiu o segundo melhor índice, jogando Hoefler para sexto, mas nenhum dos outros quatro conseguiu passar o brasileiro.
Veja o ranking dos classificados à final
- Jagger Eaton (EUA) – 274.88
- Nyjah Huston (EUA) – 272.66
- Sora Shirai (JAP) – 270.42
- Yuto Horigome (JAP) – 270.18
- Matias dell Olio (ARG) – 266.26
- Kelvin Hoefler (BRA) – 265.24
- Russell Cordano (CAN) – 263.87
- Tury Richard (ESQ) – 257.99
(Fonte:G1)