Correio de Carajás

Juventude negra: Projeto quer combater violência

Debates acerca da garantia de direitos ao cidadão brasileiro foram realizados ao longo desta semana, em Marabá, na VII Jornada de Direitos Humanos, promovida pelo Tribunal de Justiça do Estado. Durante quatro dias, os participantes discutiram sobre violação de direitos, violências contra crianças, adolescentes e jovens negros. Na ocasião, também foi lançado o projeto ‘Construindo Um Novo Olhar Para A Juventude Negra Paraense’.

“Quando se fala em Direitos Humanos, a gente tem que mostrar que a responsabilidade não é só de um poder ou de uma pessoa. Não é só do poder executivo, do legislativo ou do poder judiciário, essa responsabilidade é de todos nós, da sociedade civil organizada e dos operadores do direito”, afirmou a desembargadora do TJPA, Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

Ela, que também é coordenadora da Comissão de Direitos Humanos e de Repercussão Social, defendeu o fortalecimento das instituições públicas para combater as inúmeras violências praticadas contra o cidadão. Para que isso ocorra, o Tribunal de Justiça do Estado tem atuado com a divulgação de informações junto aos juízes, promotores, advogados, estudantes e da sociedade, que explanam sobre o papel de cada um no enfrentamento à violação dos Direitos Humanos.

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“Nós estamos lançando aqui o projeto ‘Construindo Um Novo Olhar Para A Juventude Negra Paraense’, baseado no Mapa de Violência 2018, que demonstra o fenômeno do homicídio, que alcançou o número de 62.517 mortes, estão incluídos dentre elas a morte de jovens e negros na faixa etária de 15 a 19 anos. Então, há uma preocupação geral da ONU no sentido de combater a esse tipo de violência. Esse projeto será inicialmente exercitado por psicólogos e professores”.

Nesta sexta (19), o evento foi aberto aos estudantes de direito e áreas afins, para que pudessem participar dos debates e ter acesso às informações repassadas pela Comissão de Direitos Humanos do TJPA. A finalização da jornada acontece neste sábado (20), com reunião de avaliação junto às secretarias dos resultados das oficinas realizadas no ano passado sobre classificação e instrução prévia para identificação dos processos relacionados aos Direitos Humanos. O evento já passou por Belém e Santarém. O próximo destino é o município de Bragança, no nordeste paraense. (Nathália Viegas)