Correio de Carajás

Justiça suspende julgamento de acusados de matar mulher grávida no Pará

Justiça suspende julgamento de acusados de matar uma mulher grávida em Parauapebas, no PA

A Justiça suspendeu o julgamento previsto para esta quarta (5) de três acusados de envolvimento na morte de uma mulher grávida no Pará. O crime aconteceu em 2010 em Parauapebas, no sudeste do Pará. A vítima, Ana Karina Guimarães, tinha 29 anos e estava no final da gestação quando foi assassinada.

Segundo as investigações, Ana Karina desapareceu depois de sair para encontrar o pai da criança, o empresário Alessandro Camilo. Os advogados de defesa dele e dos outros dois acusados de participação no crime pediram a transferência do júri para Belém, alegando falta de segurança em Parauapebas, onde o crime causou grande comoção.

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O Tribunal de Justiça do Pará ainda não respondeu se o caso será transferido.

Entenda o caso

Alessandro Camilo é apontado pelo Ministério Público como mandante do crime e teve pedido de habeas corpus negado. Ele teria planejado o assassinato com o apoio de sua noiva, Graziela Barros de Almeida, e atraído a vítima para uma emboscada. Alessandro, sob o argumento de que repassaria valores a Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias e Florentino de Souza Rodrigues, os outros dois acusados no processo.

A vítima foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no rio Itacaiunas. Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio. O corpo da vítima, embora os acusados tenham apontado o local onde foi jogado o tambor, nunca fora encontrado.

Ainda de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, haveria a intenção do acusado em não pagar pensão alimentícia. Florentino, o único dos quatro acusados que desistiu do recurso em sentido estrito (através do qual questionou a decisão do juiz de determinar que fosse submetido a júri popular) foi julgado em fevereiro 2013, e condenado a 24 anos de reclusão pelo crime.

(G1)