A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira, 12, a operação Safe Forest (floresta salva em inglês) para combate aos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público e corrupção ativa relacionados ao desmatamento e transporte irregular de madeira, em Novo Repartimento, no sudeste do Estado. Cinco policiais – dois civis e três militares – foram presos em cumprimento a mandados judiciais de prisão preventiva acusados de receber pagamentos de madeireiros da região para dar suporte aos crimes ambientais. Dois madeireiros também acusados dos mesmos crimes foram presos. Ainda, durante a operação coordenada pela Superintendência Regional de Polícia Civil do Lago de Tucuruí, foram cumpridos mandados de busca e apreensão referentes ao inquérito.
A operação é resultante de investigação presidida pelo delegado Arthur Nobre responsável pelo inquérito instaurado para apurar os crimes. O delegado explica que as investigações foram iniciadas no ano passado, quando a operação foi deflagrada para combater crimes ambientais que contavam com conluio de agentes públicos ligados a madeireiros na região. No esquema criminoso, explica o delegado, os policiais recebiam propinas para fazer “vista grossa” diante dos crimes ambientais, como desmatamentos ilegais e transporte de madeira sem qualquer autorização legal. A partir das provas coletadas no inquérito, detalha o delegado Sandro Rivelino, titular da Superintendência do Lago de Tucuruí, foi desencadeado o cumprimento de mandados judiciais na cidade de Novo Repartimento.
Foram presos os madeireiros Itamar Oliarski e José Gonzaga Monteiro Barra Nova, em Novo Repartimento, com ordens de prisão preventiva expedidas pela Comarca do município. Foram presos também os policiais civis Sidney de Souza Almeida e Regivaldo de Moraes Menezes (investigadores) e os policiais militares major Márcio (comandante da 23ª Companhia Independente de Novo Repartimento); Sargento França (comandante do Destacamento da Pm no Distrito de Maracajá) e Cabo Joniel, da 23ª Companhia Independente de Novo Repartimento. A operação contou com a presença de representantes das Corregedorias da Polícia Civil e da PM e ainda da Promotoria Militar do Ministério Público do Estado para atuar, de forma conjunta, na prisão de agentes públicos acusados das práticas criminosas investigadas.
Leia mais:Os policiais serão conduzidos ao presídio Coronel Anastácio das Neves em Santa Izabel do Pará. Já os madeireiros foram transferidos ao Presídio Regional de Tucuruí. A operação policial também foi deflagrada por equipes de policiais civis da Superintendência Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, sob coordenação do delegado Vinícius Sousa Dias. Durante o dia, eles tentaram localizar outros dois acusados de envolvimento nos crimes em Vitória do Xingu e Uruará, cidades situadas na mesma região de Altamira, porém os dois acusados – os madeireiros Sivaldo Furtado Moraes e Jorge Luis Moisés, conhecido como “Jorge do Goiás” – não foram localizados e estão foragidos. As investigações continuam visando localizar e prender os foragidos.
Outra ação, outras prisões
Três militares foram presos envolvidos no esquema de recebimento de propina de fazendeiros para reintegrações de posse ilegal em Pacajá e Tucuruí. A Procuradoria de Justiça Militar confirmou a prisão nesta terça-feira (12) e ainda informou que entre os presos está o comandante do Batalhão de Tucuruí.
De acordo com a Promotoria, os presos devem ser transferidos para o presídio Anastácio das Neves, em Americano, na região metropolitana de Belém.
Essas prisões fazem parte do esquema criminoso que teria envolvimento da ex-Procuradora Geral de Tucuruí, a advogada Glaucia Rodrigues Brasil Oliveira, que foi presa suspeita de comandar as reintegrações ilegais de terras e também de ser a mentora de outro esquema de clonagem para venda de carros roubados.
A advogada foi ouvida na Delegacia Geral, em Belém, acompanhada por uma Comissão de Prerrogativas da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), e depois foi levada para Centro de Pericias Científicas (CPC) Renato Chaves, onde foi submetida a exame de corpo de delito. Em seguida, a advogada foi conduzida para Centro de Recuperação Anastácio das Neves, em Santa Isabel do Pará, região metropolitana de Belém, onde deve permanecer à disposição da Justiça.
De acordo com a Polícia, ela é acusada de agir juntamente com o marido, conhecido como Major Leonardo do Carmo Oliveira, em milícias privadas. Ele prestava serviços de segurança particular para o prefeito afastado Arthur Brito. O oficial foi preso durante operação do Ministério Público da Polícia Militar na última sexta-feira (8) acusados dos mesmos crimes que a esposa.
Ambos atuavam, segundo a polícia, sem qualquer tipo de ordem judicial e utilizavam documentos falsificados para cumprir ações de reintegração de posse em fazendas ocupadas por trabalhadores rurais. Na abordagem, o casal apresentava documentos supostamente expedidos pela Justiça, boletins de ocorrência e documentos de títulos de terra para justificar o despejo dos ocupantes. (Divulgação – Polícia Civil)
A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira, 12, a operação Safe Forest (floresta salva em inglês) para combate aos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público e corrupção ativa relacionados ao desmatamento e transporte irregular de madeira, em Novo Repartimento, no sudeste do Estado. Cinco policiais – dois civis e três militares – foram presos em cumprimento a mandados judiciais de prisão preventiva acusados de receber pagamentos de madeireiros da região para dar suporte aos crimes ambientais. Dois madeireiros também acusados dos mesmos crimes foram presos. Ainda, durante a operação coordenada pela Superintendência Regional de Polícia Civil do Lago de Tucuruí, foram cumpridos mandados de busca e apreensão referentes ao inquérito.
A operação é resultante de investigação presidida pelo delegado Arthur Nobre responsável pelo inquérito instaurado para apurar os crimes. O delegado explica que as investigações foram iniciadas no ano passado, quando a operação foi deflagrada para combater crimes ambientais que contavam com conluio de agentes públicos ligados a madeireiros na região. No esquema criminoso, explica o delegado, os policiais recebiam propinas para fazer “vista grossa” diante dos crimes ambientais, como desmatamentos ilegais e transporte de madeira sem qualquer autorização legal. A partir das provas coletadas no inquérito, detalha o delegado Sandro Rivelino, titular da Superintendência do Lago de Tucuruí, foi desencadeado o cumprimento de mandados judiciais na cidade de Novo Repartimento.
Foram presos os madeireiros Itamar Oliarski e José Gonzaga Monteiro Barra Nova, em Novo Repartimento, com ordens de prisão preventiva expedidas pela Comarca do município. Foram presos também os policiais civis Sidney de Souza Almeida e Regivaldo de Moraes Menezes (investigadores) e os policiais militares major Márcio (comandante da 23ª Companhia Independente de Novo Repartimento); Sargento França (comandante do Destacamento da Pm no Distrito de Maracajá) e Cabo Joniel, da 23ª Companhia Independente de Novo Repartimento. A operação contou com a presença de representantes das Corregedorias da Polícia Civil e da PM e ainda da Promotoria Militar do Ministério Público do Estado para atuar, de forma conjunta, na prisão de agentes públicos acusados das práticas criminosas investigadas.
Os policiais serão conduzidos ao presídio Coronel Anastácio das Neves em Santa Izabel do Pará. Já os madeireiros foram transferidos ao Presídio Regional de Tucuruí. A operação policial também foi deflagrada por equipes de policiais civis da Superintendência Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, sob coordenação do delegado Vinícius Sousa Dias. Durante o dia, eles tentaram localizar outros dois acusados de envolvimento nos crimes em Vitória do Xingu e Uruará, cidades situadas na mesma região de Altamira, porém os dois acusados – os madeireiros Sivaldo Furtado Moraes e Jorge Luis Moisés, conhecido como “Jorge do Goiás” – não foram localizados e estão foragidos. As investigações continuam visando localizar e prender os foragidos.
Outra ação, outras prisões
Três militares foram presos envolvidos no esquema de recebimento de propina de fazendeiros para reintegrações de posse ilegal em Pacajá e Tucuruí. A Procuradoria de Justiça Militar confirmou a prisão nesta terça-feira (12) e ainda informou que entre os presos está o comandante do Batalhão de Tucuruí.
De acordo com a Promotoria, os presos devem ser transferidos para o presídio Anastácio das Neves, em Americano, na região metropolitana de Belém.
Essas prisões fazem parte do esquema criminoso que teria envolvimento da ex-Procuradora Geral de Tucuruí, a advogada Glaucia Rodrigues Brasil Oliveira, que foi presa suspeita de comandar as reintegrações ilegais de terras e também de ser a mentora de outro esquema de clonagem para venda de carros roubados.
A advogada foi ouvida na Delegacia Geral, em Belém, acompanhada por uma Comissão de Prerrogativas da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), e depois foi levada para Centro de Pericias Científicas (CPC) Renato Chaves, onde foi submetida a exame de corpo de delito. Em seguida, a advogada foi conduzida para Centro de Recuperação Anastácio das Neves, em Santa Isabel do Pará, região metropolitana de Belém, onde deve permanecer à disposição da Justiça.
De acordo com a Polícia, ela é acusada de agir juntamente com o marido, conhecido como Major Leonardo do Carmo Oliveira, em milícias privadas. Ele prestava serviços de segurança particular para o prefeito afastado Arthur Brito. O oficial foi preso durante operação do Ministério Público da Polícia Militar na última sexta-feira (8) acusados dos mesmos crimes que a esposa.
Ambos atuavam, segundo a polícia, sem qualquer tipo de ordem judicial e utilizavam documentos falsificados para cumprir ações de reintegração de posse em fazendas ocupadas por trabalhadores rurais. Na abordagem, o casal apresentava documentos supostamente expedidos pela Justiça, boletins de ocorrência e documentos de títulos de terra para justificar o despejo dos ocupantes. (Divulgação – Polícia Civil)