📅 Publicado em 10/09/2025 19h57✏️ Atualizado em 10/09/2025 20h03
Jefone Pereira da Silva Santos, de 21 anos, foi autuada em flagrante por contrabando e por vender produtos que causem dependência a crianças e adolescentes, crime estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), após ser flagrada com cigarros eletrônicas na tarde de terça-feira (9), em Parauapebas.
Apesar do pedido feito pela Polícia Civil, nesta quarta (10) a prisão em flagrante não foi convertida em preventiva. Em audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória à acusada mediante recolhimento de fiança fixada em 15 salários mínimos, que somam R$ 22.770,00. O valor deverá ser depositado em conta judicial vinculada ao processo.
PRISÃO
A investigação começou após a denúncia do pai de uma adolescente de 14 anos. Desconfiado do comportamento da filha, o homem tomou o celular da jovem e descobriu mensagens que confirmavam a negociação do produto. Ele então decidiu acompanhar o encontro marcado e acionou a Guarda Municipal no momento da entrega.
Os guardas surpreenderam o entregador, um motorista de aplicativo, que se prontificou a levar a guarnição até o local onde buscava os produtos. Ao chegar ao endereço, os agentes encontraram Jefone tentando se desfazer de parte do material, arremessando cigarros eletrônicos por cima de um muro.
MATERIAL APREENDIDO
Com a suspeita, foram apreendidos 112 cigarros eletrônicos, que eram vendidos cada um a R$ 120. Segundo as investigações, a mercadoria era repassada dentro de escolas, prática que indignou os pais da adolescente envolvida. “É uma situação muito constrangedora. A gente coloca em um colégio caro esperando ter mais segurança, o que não aconteceu. Os traficantes estão se infiltrando dentro do colégio”, desabafou o pai da jovem ao Correio de Carajás.

O motorista de aplicativo e uma parente da investigada foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos e foram liberados em seguida.
EQUIPAMENTOS PROIBIDOS
A autuação por contrabando ocorreu porque dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como cigarros eletrônicos, são proibidos no Brasil. Uma norma da Anvisa proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar.