O juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, decretou nesta segunda-feira (16) o bloqueio de bens do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), e de outros oitos investigados.
O bloqueio foi determinado no âmbito de uma ação por improbidade administrativa relacionada a um contrato fechado pelo Ministério da Pesca com uma empresa quando Crivella era o ministro.
A imprensa buscava contato com a assessoria de Marcelo Crivella até a última atualização desta reportagem.
Leia mais:Na decisão, a Justiça do Distrito Federal determina o bloqueio de até R$ 3.156.277,60 dos investigados.
Ao pedir o bloqueio, o Ministério Público Federal argumentou que a medida visa “garantir o pleno ressarcimento do erário” em caso de condenação.
Entenda o caso
A ação investiga a suspeita de sobrepreço na contratação da empresa Rota Nacional Comércio e Manutenção de Equipamentos Eletrônicos para o fornecimento e instalação de vidros e acessórios ao Ministério da Pesca e Aquicultura.
“Percebo fortes indícios de irregularidades cometidas no âmbito do contrato”, afirmou o juiz de Brasília ao decretar a indisponibilidade dos bens dos investigados.
“São claros, portanto, os indícios da prática de atos de improbidade administrativa”, acrescenta Borelli na decisão.
Restrições a Crivella
Mais cedo, nesta segunda, a Justiça do Rio de Janeiro determinou restrições à atuação de Crivella como prefeito.
Isso porque foi revelada uma reunião secreta dele com pastores no Palácio da Cidade, na semana passada.
O juiz Rafael Cavalcanti Cruz, da 7ª Vara de Fazenda Pública, determinou que Crivella está proibido, por exemplo, de usar a máquina pública em interesse de grupos religiosos, de privilegiar o uso de serviços públicos (como filas de hospitais) ou de realizar censos religiosos. (Fonte:G1)