📅 Publicado em 12/09/2025 15h21
Durante audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória a Gilvan Ferreira de Sousa, que confessou à Polícia Civil ter atirado contra Jonatan Marques Queiroz. O crime ocorreu na madrugada de quarta-feira (10), em um hotel no bairro Beira Rio, em Parauapebas. Jonatan era ex-marido da mulher que Gilvan acompanhava no local.

A informação sobre a soltura foi divulgada pelo advogado de defesa, Geovane Oliveira Gomes. Em um vídeo, ele explicou que o Ministério Público se manifestou favorável à concessão da liberdade, com base no artigo 23 do Código Penal, que trata da legítima defesa. A juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas acompanhou o parecer e concedeu a liberdade, impondo medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal.
Versão do acusado
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Em entrevista concedida no dia da prisão ao Correio de Carajás, Gilvan afirmou ter agido em legítima defesa. Segundo ele, Jonatan arrombou a porta do quarto do hotel e iniciou uma agressão física. Para se defender, Gilvan usou um revólver calibre .38. Um dos disparos atingiu Jonatan na nuca, causando a morte ainda no local.
Antes do crime
Horas antes do crime, Jonatan registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, informando o furto de sua caminhonete. Posteriormente, localizou o veículo no estacionamento do hotel e foi até um dos quartos, onde encontrou a ex-esposa e Gilvan.
De acordo com o tenente Carias, da Polícia Militar, que atendeu à ocorrência, a ex-companheira da vítima relatou que estava separada de Jonatan e que ele não aceitava o fim do relacionamento. Ela também informou que o ex-marido tinha comportamento agressivo.
Defesa e histórico de ameaças
O advogado Geovane Gomes afirmou ao Correio de Carajás que o cliente não mantinha um relacionamento amoroso com a ex-esposa da vítima, e que os dois são apenas amigos. Eles haviam viajado de Canaã dos Carajás a Parauapebas para registrar uma nova denúncia contra Jonatan, que continuava a ameaçar a ex-mulher mesmo após a separação.
A mulher possuía uma medida protetiva de urgência contra Jonatan, expedida pela Justiça em 31 de agosto. Segundo a defesa, diante do horário de chegada à cidade, por volta das 23 horas, os dois decidiram esperar até o dia seguinte para registrar a denúncia e se hospedaram no hotel.
Por volta das 5 horas da manhã, Jonatan teria arrombado a porta do quarto e iniciado a agressão que resultou na reação de Gilvan.
O advogado também apresentou vídeos e áudios que mostram Jonatan ameaçando a ex-mulher e outras pessoas. O material, no entanto, não será divulgado para preservar a identidade de terceiros.