Correio de Carajás

Justiça aceita denúncia contra policiais por mortes em Pau D’Arco

Policiais civis e militares tiveram prisões preventivas decretadas nesta segunda-feira (25), conforme portais de notícia da região de Redenção, no sudeste do Pará, por envolvimento nas mortes de 10 trabalhadores rurais ocorridas em maio deste ano, na zona rural de Pau D’Arco, a 60 quilômetros de Redenção. As informações dão conta que o juiz César Leandro Pinto Machado, respondendo pela Vara Criminal de Redenção, acatou a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará e deferiu os pedidos.

Por telefone, o magistrado informou ao Correio de Carajás que por comprometimento funcional não pode, por enquanto, falar nada sobre os autos do processo, nem mesmo se decretou ou não as prisões, acrescentando que como todo processo criminal em momento oportuno eles serão abertos para consulta pública.  A assessoria de comunicação do Ministério Público do Estado do Pará também não se pronunciou até o momento.

O processo consta junto à consulta do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com data de distribuição de ontem, segunda-feira (25), e o total de 17 denunciados, dentre eles, o coronel da Polícia Militar Carlos Kened Goncalves de Souza, além de Ricardo Moreira da Costa Dutra, Romulo Neves de Azevedo, Carlos Kened Gonçalves de Souza, Uilson Alves da Silva, Adivone Vitorino da Silva, Ronaldo Silva Lima, Orlando Cunha de Sousa, Cristiano Fernando da Silva, Welinton da Silva Lira, Rodrigo Matias de Souza, Jonatas Pereira e Silva, Raimundo Nonato de Oliveira Lopes, Neuily Sousa da Silva, Euclides da Silva Lima Junior, Francisco Ragau Cipriano de Almeida, Valdivino Miranda da Silva Junior e Douglas Eduardo da Silva Luz. Até esta tarde não haviam decisões ou despachos cadastrados para o processo.

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Treze policiais, sendo 11 militares e dois civis, já permaneceram quase um mês presos em decorrência de prisões temporárias decretadas à época das investigações. Eles foram colocados em liberdade no último dia 8 de agosto, por ordem do Jun Kubota, então respondendo pela Vara Criminal de Redenção, que indeferiu o pedido de prorrogação feito pelo Ministério Público do Estado do Pará. A promotoria justificou o pedido afirmando que houve aumento do prazo de conclusão do inquérito da Polícia Federal.

O Correio de Carajás entrou em contato também com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará a qual informou que pretende enviar posicionamento oficial sobre os fatos ainda hoje.

Logo após o ocorrido, ainda em maio, a Segup informou que o relato policial preliminar era de que o grupo de posseiros recebeu com disparos de armas de fogo os policiais que foram ao local A instituição acrescentou, ainda, que a ação policial pretendia cumprir mandados emitidos em decorrência de investigação sobre homicídio, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

Os corpos foram removidos do local pelos próprios policiais que participavam da ação antes da chegada de equipe do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”. Pouco depois, pessoas que estavam no local passaram a relatar terem sido atacadas. Perícia do CPC Renato Chaves apontou que os coletes dos policiais não apresentaram vestígios de projéteis e destacou, também, que dentre os mortos nove pessoas foram atingidas no peito e apenas uma – a única mulher morta – foi alvejada com um tiro lateral na cabeça. (Luciana Marschall)

 

Policiais civis e militares tiveram prisões preventivas decretadas nesta segunda-feira (25), conforme portais de notícia da região de Redenção, no sudeste do Pará, por envolvimento nas mortes de 10 trabalhadores rurais ocorridas em maio deste ano, na zona rural de Pau D’Arco, a 60 quilômetros de Redenção. As informações dão conta que o juiz César Leandro Pinto Machado, respondendo pela Vara Criminal de Redenção, acatou a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará e deferiu os pedidos.

Por telefone, o magistrado informou ao Correio de Carajás que por comprometimento funcional não pode, por enquanto, falar nada sobre os autos do processo, nem mesmo se decretou ou não as prisões, acrescentando que como todo processo criminal em momento oportuno eles serão abertos para consulta pública.  A assessoria de comunicação do Ministério Público do Estado do Pará também não se pronunciou até o momento.

O processo consta junto à consulta do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com data de distribuição de ontem, segunda-feira (25), e o total de 17 denunciados, dentre eles, o coronel da Polícia Militar Carlos Kened Goncalves de Souza, além de Ricardo Moreira da Costa Dutra, Romulo Neves de Azevedo, Carlos Kened Gonçalves de Souza, Uilson Alves da Silva, Adivone Vitorino da Silva, Ronaldo Silva Lima, Orlando Cunha de Sousa, Cristiano Fernando da Silva, Welinton da Silva Lira, Rodrigo Matias de Souza, Jonatas Pereira e Silva, Raimundo Nonato de Oliveira Lopes, Neuily Sousa da Silva, Euclides da Silva Lima Junior, Francisco Ragau Cipriano de Almeida, Valdivino Miranda da Silva Junior e Douglas Eduardo da Silva Luz. Até esta tarde não haviam decisões ou despachos cadastrados para o processo.

Treze policiais, sendo 11 militares e dois civis, já permaneceram quase um mês presos em decorrência de prisões temporárias decretadas à época das investigações. Eles foram colocados em liberdade no último dia 8 de agosto, por ordem do Jun Kubota, então respondendo pela Vara Criminal de Redenção, que indeferiu o pedido de prorrogação feito pelo Ministério Público do Estado do Pará. A promotoria justificou o pedido afirmando que houve aumento do prazo de conclusão do inquérito da Polícia Federal.

O Correio de Carajás entrou em contato também com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará a qual informou que pretende enviar posicionamento oficial sobre os fatos ainda hoje.

Logo após o ocorrido, ainda em maio, a Segup informou que o relato policial preliminar era de que o grupo de posseiros recebeu com disparos de armas de fogo os policiais que foram ao local A instituição acrescentou, ainda, que a ação policial pretendia cumprir mandados emitidos em decorrência de investigação sobre homicídio, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

Os corpos foram removidos do local pelos próprios policiais que participavam da ação antes da chegada de equipe do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”. Pouco depois, pessoas que estavam no local passaram a relatar terem sido atacadas. Perícia do CPC Renato Chaves apontou que os coletes dos policiais não apresentaram vestígios de projéteis e destacou, também, que dentre os mortos nove pessoas foram atingidas no peito e apenas uma – a única mulher morta – foi alvejada com um tiro lateral na cabeça. (Luciana Marschall)