No final da manhã de ontem (18), o juquireiro Manoel Messias Pereira de Pinho foi morto com pelo menos cinco golpes de faca pelo colega de serviço dele, identificado apenas como “Gongo”. Os dois trabalhavam juntos na mesma juquira, beberam juntos pela manhã e depois o crime aconteceu. O caso se registrou na “Vicinal Sete”, que fica a 1 km da margem da BR-230, em frente à Vila 1º de Março, no município de São João do Araguaia.
De acordo com o que apurou a reportagem no local do crime, Manoel Messias e “Gongo” estavam bebendo juntos, na Vila 1º de Março, e passaram a discutir, momento em que o acusado chamou a vítima para ir embora. Os dois então saíram de lá e voltaram para a Vicinal Sete. Foi a última vez que Manoel foi visto com vida.
Passadas algumas poucas horas, o acusado voltou à vila e pediu uma latinha de cerveja, mas havia algo estranho nele e pessoas do bar perceberam que “Gongo” estava com a roupa manchada de sangue. Foi então que ele montou novamente na Biz e sumiu dali.
Leia mais:Depois disso, pessoas da vila que foram até a vicinal viram o corpo de Manoel, de modo que a notícia se espalhou até chegar aos ouvidos de dona Elza Maria Werneck e do irmão dela, João Batista Werneck. Eles dois são donos da área onda a vítima e o acusado faziam trabalho de roço. Foi aí que a história começou a fazer sentido.
DINHEIRO
Para a reportagem, Elza Werneck explicou que desde sexta-feira, Manoel havia pedido dinheiro, mas ela não tinha naquele momento e só deu o dinheiro ontem. Ao receber a quantia de R$100, Manoel estava na companhia de “Gongo” e disse à dona Elza que os dois só iriam trabalhar de tarde (iam se embriagar pela manhã).
Um detalhe chamou atenção: “Gongo”, o acusado, pediu para deixar o celular dele carregando na casa dela. Mas pouco tempo depois ele voltou sozinho e pediu o celular de volta. Dona Elza lembra que ainda disse ao acusado que o celular não estava carregado. Mas “Gongo” pediu o telefone mesmo assim e foi embora rapidamente. Ele já tinha cometido o crime.
Em princípio, ela não achou nada estranho, mas quando deu perto de meio-dia, soube por comentários na vila que Manoel Messias havia sido assassinado. Ela seguiu até o local em companhia de seu neto para conferir a notícia e, pela janela da casa, viu o corpo da vítima.
SAIBA MAIS
Um filho da vítima que mora na região passou mal, ao tomar conhecimento da morte do pai, e teve de ser socorrido e levado ao hospital. Os outros familiares moram na cidade de Araguaína (TO) e ficaram de ser avisados ontem para remover o corpo no Instituto Médico Legal (IML), o que deve acontecer hoje (19).
(Chagas Filho)