Um ato em memória de Julieta Inés Hernández Martínez será realizado no próximo sábado, dia 27, em Marabá. Batizado como “Julieta Presente”, o momento é um pedido de justiça pela artista circense venezuelana, que foi encontrada morta no Amazonas no início de janeiro.
Organizado pelo Instituto Cultural Hozana Lopes de Abreu e pelo Coletivo de Artistas Circenses de Marabá, o ato fará sua abertura às 16h30, em frente ao HEMOPA (Rod. Transamazônica, Amapá, núcleo Cidade Nova), iniciando com um “pedal”.
Na sequência, a Praça São Félix de Valois irá receber os participantes. Por lá, a partir das 18h30 iniciam apresentações artísticas. O local é um tradicional recanto para manifestações culturais na cidade, além de ter uma vista privilegiada para o pôr do sol no Rio Tocantins.
Leia mais:A união desses elementos marca de forma poética a homenagem póstuma prestada a Julieta, que era artista de rua, palhaça e pedalava por diversos estados do país fazendo apresentações circenses.
Ela chegou a visitar Belém em dezembro de 2022 e em abril de 2023.
“Nós nos reunimos para fazer esse ato junto com vários outros artistas, com vários movimentos sociais, com pessoas ligadas a órgãos do direito da mulher, pedindo justiça, não só por Julieta, mas por todas as mulheres que têm sua vida tirada dessa forma”, conta Lara Borges, presidente do Instituto Hozana Lopes.
Hastear ainda mais alto a bandeira que estampa a importância de a mulher ocupar espaço em diversos lugares da sociedade é uma das pautas do momento. “É tentar mostrar a relevância da mulher artista, mãe, profissional e esse direito pela vida. Leve a sua faixa, seu cartaz, participe junto conosco e nos ajude a fazermos um lindo ato pela vida”, finaliza Lara.
O crime que ceifou a vida de Julieta
Julieta Inés Hernández Martínez desapareceu em dezembro de 2023 e foi encontrada morta, enterrada, com pés e mãos amarrados, em uma área de mata próxima à Manaus, no Amazonas.
As investigações realizadas pela Polícia Civil manauara indicam o casal Thiago Agles da Silva, de 32 anos, e Deliomara dos Anjos Santos, de 29, como suspeitos dos crimes de homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
O caso ganhou repercussão e mobilização nacional, resultando em diversos atos e manifestações pedindo justiça por Julieta e homenageando sua memória. Além disso, internautas trouxeram à luz a pauta que debate a segurança de mulheres que viajam sozinhas.
Julieta não se prendia a um único lugar e seguia sua vida de maneira itinerante, levando sorrisos, alegria e arte por onde passava. (Luciana Araújo, com Informações da PMM)