Juliane de Moraes, de 19 anos, conquistou o título de Rainha das Rainhas do Carnaval 2020, disputado na noite deste sábado (15), no Hangar Centro de Convenções, em Belém. Ela apresentou o tema “Eparrei Iansã de vermelho ou de rosa é filha de Oyá”, e levou para o palco a religiosidade afro-brasileira ao falar da orixá que é a senhora dos raios e das tempestades, possui a leveza de uma borboleta e a força de um búfalo. A fantasia é criação dos estilistas André Chagas e Gabriel Carvalho. A coreografia é de Marcos Maciel.
A fantasia de Juliane trazia no corpo e na cabeça referências às paramentas usadas pela orixá, o resplendor retrata a senhora dos raios, sua bravura, qualidades e sua beleza encantadora, adornado e bordado com strass, cristais, semi joias, búzios, dentes africanos e pedrarias.
Juliane é de Marituba e cursa o ensino médio, se preparando para tentar uma vaga em enfermagem. Ela conquistou o primeiro título aos 4 anos de idade, usando figurino feito do desmanche de uma fantasia doada por uma candidata do Rainha das Rainhas. Para ela, a conquista do título é a realização de um sonho de infância.
Leia mais:“Estou muito feliz! Foram muitas noites ensaiando. A vitória é resultado de muito amor. Obrigada a toda a minha equipe! Realizei um sonho . Tenho esse sonho desde criança”, disse. “A confiança fez a diferença. Cheguei nesse palco preparada para ser a rainha”.
Princesas
A primeira princesa é Rayssa Ribeiro, do Bancrévea. Ela desfilou com o tema “Chloe Godott”, uma vilã que usa da sedução para ludibriar e trapacear no jogo. É a rainha do blefe. No resplendor da fantasia, a noite dos cassinos de Las vegas, com luzes e naipes de baralho, dados, filhas e moedas. No centro, uma roleta em alusão ao mundo dos jogos de azar. A criação é do estilista Ronaldy Rubens, e a coreografia de Luciano Neto.
A segunda princesa é Isabela Corrêa, da Assembleia Paraense, com o tema “Hamataka, a sacerdotisa asteca”. Para o povo asteca, a maior divindade era Quetzalcoatl, o qual representava a capacidade do ser humano em alcançar seu pleno potencial divino. Era cultuado dentro de uma pirâmide, o templo dos deuses, na figura de um totem de uma serpente com duas cabeças, que simbolizavam a terra e a vegetação. Os rituais de dança eram realizados pela sacerdotisa Hamataka, que incorporava a divindade e encantava a todos com sua beleza e poder. A criação é do estilista Karlos Amílcar, e a coreografia de Cristiano Lobato.
A terceira princesa é Beatriz Galvão, do Grêmio Literário Português. Ela desfilou com o tema “Fênice: o pássaro da ressurreição e da esperança que nunca tem fim”. Na mitologia grega, a fênix é uma ave que simboliza a felicidade,a virtude, a força, liberdade e inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas: púrpura, laranja, vermelho e dourado. A fênix representa os ciclos naturais de vida e morte.
A quarta princesa da noite é Vitória Reis, do Guará Acqua Park. Ela desfilou com o tema “Indaiá, a metamorfose felina”. A personagem é uma bela índia da Amazônia que, ao ver sua tribo faminta e seu habitat natural devastado, clamou ao pajé para que fosse encantada pelos espíritos da floresta. Desde então, ao anoitecer, Indaiá toma forma de onça pintada para caçar alimentos para seu clã e lutar contra as queimadas que assolam a região. A criação é do estilista Sandro Gurjão, e a coreografia é de Augusto Brito.
(Fonte:G1)