Correio de Carajás

Julgamento de Vinícius Gatti é adiado para dezembro

Foto/Reprodução

O julgamento de Vinícius Nogueira Gatti, acusado de matar o estudante de Direito Fabbllu Ohara de Lima Gonçalves, foi adiado após uma nulidade processual ser identificada pela defesa do réu, durante a sessão do Tribunal do Júri, em Marabá. Devido a isso, Alessandra Rocha, juíza que conduzia a sessão, a suspendeu e marcou o novo julgamento para o dia 11 de dezembro de 2025.

A irregularidade detectada aconteceu durante depoimento por videoconferência, quando a segunda testemunha ouvida deixou claro que tinha escutado o que outra testemunha havia falado momentos antes, o que é proibido por lei. A regra existe justamente para garantir que cada testemunha diga apenas o que sabe, sem ser influenciada por outros relatos.

A defesa técnica de Gatti, liderada pelo advogado Américo Leal, apontou a irregularidade e a juíza decidiu anular a sessão. Segundo ela, a falha compromete a lisura do julgamento, e a única saída era remarcar a sessão para garantir que tudo ocorra dentro da lei.

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Cristina Longo, assistente de acusação, conversou com a reportagem deste CORREIO e concordou com a decisão da anulação: “Foi violado o princípio da incomunicabilidade das testemunhas. Durante a oitiva, constatou-se que uma ou mais testemunhas assistiram e ouviram os depoimentos das que as precederam, comprometendo a credibilidade da prova oral colhida”, afirma.

Enquanto o novo julgamento não acontece, Vinícius Gatti continua respondendo ao processo em liberdade. (Luciana Araújo)