O juiz Leonardo Batista Pereira Cavalcante decidiu pelo relaxamento da prisão em flagrante e pelo trancamento do inquérito policial envolvendo cinco homens suspeitos de furtarem cabos de cobre da mineradora Vale, na segunda-feira (9), em Parauapebas.
Na decisão, assinada pelo magistrado na quarta-feira (11), consta que os flagranteados são “todos empregados de uma prestadora de serviços à VALE S.A., foram surpreendidos supostamente retirando cabos de cobre encapados sem autorização”, entretanto, segundo o juiz, não há elementos suficientes para demonstrar a consumação do furto.
A advogada criminalista Fernanda Mesquita, responsável pela defesa dos cinco homens, procurou o Grupo Correio de Comunicação para esclarecer sobre a suposta prática de crime de furto de cabo de cobre dentro da área mineradora. “Os meus clientes de fato foram conduzidos à Delegacia de Polícia, eles foram autuados em flagrante pela autoridade policial e foram encaminhados à cadeia pública”, detalhou Fernanda.
Leia mais:Entretanto, antes mesmo que houvesse a audiência de custódia, o juiz, ao tomar conhecimento dos fatos, e “pela análise dele, entendeu pela ilegalidade da prisão e determinou a imediata soltura dos meus clientes”, destaca a advogada, ao afirmar que os clientes são inocentes.
Ainda segundo a criminalista, as atividades que foram divulgadas vinculadas a suposta tentativa de furto são atividades rotineiras de carregamento e descarregamento de material que seriam destinados ao local dentro da própria área da mineradora para fazer o devido descarte.
Os homens foram apresentados na Delegacia, acompanhados pelo chefe de segurança de uma empresa terceirizada da mineradora. A ocasião, ele disse à polícia ter sido informado, por volta das 10 horas, que havia uma movimentação suspeita, e que presenciou dois dos suspeitos fazendo o carregamento dos cabos de cobre encapado com a medida de 70mm2, 95mm2 e 120 mm2.
Após o término do carregamento, o caminhão foi abordado pela equipe de segurança. O motorista alegou que o seu encarregado havia dado a ordem, e todos os envolvidos pelo transporte do material foram encaminhados para se explicar na delegacia.
(Theíza Cristhine)