Correio de Carajás

Juiz analisa pedido de soltura de Gatti

Está nas mãos do juiz Alexandre Hiroshi Arakaki um pedido de revogação da prisão preventiva de Vinícius Nogueira Gatti, preso pelo assassinato de Fabbllu Ohara de Lima Gonçalves, no último dia 29, conforme vem sendo amplamente divulgado. A defesa entende que ele deve responder ao processo em liberdade, mas o magistrado negou o pedido verbal da defesa na terça-feira e analisa o pedido feito por escrito, devendo dar uma resposta provavelmente na semana que vem.

Por telefone, o advogado Erivaldo Santis, que defende Vinícius Gatti, explicou que o juiz pediu ao delegado responsável pela prisão, William Crispim, que preste informações sobre o fato de ter se embasado o pedido de prisão no pressuposto de que o suspeito estaria foragido, embora – segundo a defesa – isso não tenha acontecido.

Após ter em mãos as informações prestadas pelo delegado, os autos são remetidos ao Ministério Público, que dará seu parecer e devolverá ao juiz, para que este possa enfim decidir se Gatti continua respondendo preso ou cumprindo alguma medida cautelar diversa do encarceramento, como uma prisão domiciliar, por exemplo, como quer a defesa.

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Por enquanto, Vinícius Gatti está recolhido a uma das celas da Central de Triagem Masculina de Marabá (CTMM).

Sobre o inquérito policial, o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Thiago Carneiro Rodrigues, explicou que, apesar do tiro que matou Fabllu ter sido acidental, Vinícius assumiu o risco ao manusear a pistola. “De acordo com o que foi apurado pelo inquérito policial Vinícius efetuou o disparo de forma acidental, mas ele estava manuseando a pistola .380 de forma irresponsável e será indiciado pelo crime de homicídio doloso, como dolo eventual”, declarou.

Além disso, o delegado adiantou que o Corpo de Bombeiros deve ser oficiado para fazer buscas no rio Itacaiúnas com objetivo de encontrar a pistola usada no crime, pois o acusado confessou ter jogado a arma da ponte logo depois do ocorrido. (Chagas Filho)