Correio de Carajás

Jovem sai para tirar açaí e é encontrado morto

Ainda não foi divulgada, por parte da polícia, nenhuma informação quanto à linha de investigação, mas a morte pode ter relação com a vida pregressa dele

Francisco, o “Piranha”, completou 18 anos há um mês/Fotos: Divulgação

A Polícia Civil investiga o assassinato do jovem Francisco dos Santos Silva, conhecido como “Piranha”, que havia completado 18 anos no dia 20 do mês passado. O jovem havia saído de casa pela manhã do dia 19 em companhia de um amigo identificado apenas como “Zite”, para tirar açaí nas matas da região e só foi encontrado por volta das 13h já sem vida e com ferimentos de arma de fogo na cabeça. O corpo estava nas margens de uma estrada de chão que liga São Domingos do Araguaia ao vilarejo de Apinagés, no município de São João do Araguaia, próximo a um córrego.

Segundo um amigo da vítima, que pediu para não ser identificado, “Piranha” praticava pequenos furtos em São Domingos, onde morava. Por várias vezes ele diz ter aconselhado a vítima a deixar essas práticas ilícitas.

Cadáver do jovem foi encontrado na estrada que dá acesso ao Apinagés

“Era meu amigo, conheço ele há um bom tempo, mas ele gostava de mexer no alheio, andava com más companhias, já tinha falado pra ele muitas vezes para que deixasse isso. Ele já estava ciente de que isso poderia acontecer a qualquer momento”, disse o amigo.

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Procurado pela reportagem deste CORREIO, José da Silva, conhecido como “Negueba”, pai da vítima, disse que seu filho trabalhava em serviços braçais, mas realmente andava em más companhias e isso pode ter lhe custado a vida. “Era um rapaz muito inteligente, se isso não tivesse acontecido teria um bom futuro, mas os amigos o colocaram no mal caminho”, declarou.

Perguntado se o filho era realmente envolvido com drogas ou furtos, ele disse: “A gente ouvia falar que os coleguinhas praticavam furtos e usavam drogas, mas se você anda com pessoas erradas, você se torna uma pessoa errada também”.

Ele também disse ter aconselhado o filho para trilhar o caminho do bem, mas não teve jeito. “Já havia se tornado usuário de drogas e infelizmente teve o fim que teve”, acrescentou o pai, ao informar que só recebeu a notícia da morte do filho no fim do dia em uma fazenda onde trabalha.

Francisco morava com os pais e mais três irmãos em uma residência na Rua Acrísio Santos, Bairro Independência. O corpo foi velado em uma igreja católica no mesmo bairro e foi sepultado no fim da tarde de terça-feira no cemitério municipal. (Luiz Carlos/freelancer)