Correio de Carajás

Jovem perde 100% do couro cabeludo após acidente em barco

Durante viagem em uma embarcação na comunidade Jarauacá, região de Oriximiná, no oeste do Pará, uma jovem de 29 anos perdeu 100% do couro cabeludo após acidente com o eixo da embarcação. O acidente aconteceu por volta das 10h30 desta quinta-feira (9).

A jovem, identificada como Diosimara da Silva Lopes, recebeu os primeiros atendimentos das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Brigada de Bombeiros ainda na comunidade onde mora. Depois, uma ambulancha a levou para o Hospital Municipal de Oriximiná (HMO).

Segundo o chefe da equipe do Samu, Fabiano Dias, a ambulância demorou cerca de uma hora para chegar a localidade. “Quando estávamos a caminho da comunidade, a vítima já tinha recebido ajuda e os encontramos durante o percurso, onde ela foi trasladada e socorrida”, explicou.

Leia mais:
Gelson Araújo e Fabiano Dias, chefes da Brigada e do Samu, respectivamente, foram até a comunidade socorrer a vítima — Foto: Márcio Garcia/Arquivo Pessoal
Gelson Araújo e Fabiano Dias, chefes da Brigada e do Samu, respectivamente, foram até a comunidade socorrer a vítima — Foto: Márcio Garcia/Arquivo Pessoal

A jovem precisou tomar soro por conta da quantidade de sangue que perdeu. “Foi um escalpelamento total, ela perdeu todo o couro cabeludo, além de parte do tecido do ombro. Nós fizemos procedimentos ainda na embarcação e trouxemos para o Hospital Municipal. Apesar do ocorrido, a vítima esteve todo o tempo consciente”, disse o enfermeiro.

Em menos de um mês, este é o segundo caso de escalpelamento em Oriximiná. O último caso vitimou uma criança de sete anos, que também perdeu 100% do couro cabeludo em um acidente semelhante, ocorrido no dia 23 de dezembro, na comunidade Acari.

Transferência

De acordo com a secretaria de saúde de Oriximiná, Márcia Campos, a jovem recebeu no HMO atendimentos para diminuir o sofrimento e a dor. “Ela continua no hospital, estabilizada, e nós já solicitamos a transferência, considerando que o escalpelamento requer um protocolo. Já entramos com os documentos de ‘tratamento fora de domicílio’, e ela deve ir para Belém, estamos só aguardando a confirmação do leito”, contou.

Segundo a secretária, mediante a confirmação do leito, a aeronave será acionada, inclusive o Estado se dispôs a fazer esse transporte.

“Esse já é o segundo caso em menos de dois meses, isso revela que devemos fazer alguma ação educativa, fiscalização, não sei, mas isso é muito preocupante”, finaliza a secretária. (Fonte:G1)

* Colaborou Márcio Garcia, de Oriximiná.