Mais um caso de violência doméstica que terminou em tragédia se registra em Marabá. A jovem Daniara Rodrigues de Couto, de apenas 20 anos, mãe de três filhos e grávida de dois meses, foi assassinada a golpes de faca pelo ex-marido. Ele foi preso em flagrante. Trata-se de Erisvaldo Souza Silva. Ele saiu de um culto evangélico por volta das 21h30 de domingo (10), foi até a casa da ex e a matou a facadas, deixando a faca encravada no peito da vítuima. O crime aconteceu no Bairro Belo Horizonte, Núcleo Cidade Nova.
Uma tia da vítima, Andréia Rodrigues de Couto, falou, com exclusividade a este CORREIO, que Erisvaldo não se conformava com a separação e neste domingo ele ficou mais revoltado ainda quando soube que Daniara iria para uma festa no Balneário Vavazão. Por isso foi até a casa onde ela estava morando, bateu no portão e quando ela abriu, já foi recebida a golpes de faca.
Depois ele correu para sua casa, dizendo que tinha matado Daniara e teria tentado se matar, cortando a própria garganta, mas o máximo que conseguiu fazer foi um pequeno corte no pescoço. Ele foi preso em flagrante por uma guarnição da Polícia Militar e encaminhado ao complexo penitenciário de Marabá, na manhã desta segunda-feira (11).
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Andréia Couto conta que a família já temia que uma tragédia dessas poderia acontecer porque as brigas entre o casal eram constantes. “A gente já imaginava isso”, resume Andréia, ao lembrar que na última briga do casal, eles foram às vias de fato porque Erisvaldo tratou mal a mãe de Daniara.
A tia da vítima também lembrou que o acusado sempre fazia chantagem emocional para fazer as pazes, todas as vezes que brigavam, alegando que o casal deveria permanecer junto para que os filhos não crescessem longe do pai.
Inclusive, devido às brigas do casal, os filhos temiam o próprio pai. “A filha de 4 anos não gosta nem de ver ele. Quando ele chamava pra ir pra praça, ela chorava. E antes ela era muito apegada a ele…O menorzinho de dois anos, quando a gente ia na casa deles visitar, ele grudava na roupa e ficava chamando pra ir embora”, conta Andréia, acrescentando que Erisvaldo batia muito nas crianças também.
(Chagas Filho e Evangelista Rocha)