O desabamento de parte de um prédio no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife, provocou mortes e deixou feridos e desaparecidos. Imagens enviadas ao WhatsApp da TV Globo mostram o momento em que uma das vítimas, uma adolescente de 15 anos, é encontrada por moradores sob os escombros do Conjunto Beira-Mar.
O prédio desabou por volta das 6h desta sexta-feira (7). Desde então, moradores e os bombeiros estão no local em busca das vítimas. A adolescente, encontrada por moradores, estava com parte do corpo soterrada por escombros.
Na imagem, é possível ver a jovem pedindo por ajuda e um grupo de moradores tentando retirar os restos do prédio de cima do corpo dela.
Leia mais:A jovem foi levada para o Hospital da Restauração, no Derby, no Centro do Recife. De acordo com a unidade de saúde, ela passou por exames e tem quadro de saúde considerado estável.
Segundo o coronel Robson Roberto, do Corpo de Bombeiros, além dela, uma mulher de 65 anos também foi resgatada dos escombros. Ela foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, com politraumatismo. Ela fez exames, encontra-se estável e aguarda transferência para outra unidade de saúde.
Outras quatro pessoas sofreram ferimentos leves e também foram levadas para o Hospital Miguel Arraes, que informou que elas devem ter alta até o fim desta sexta.
As buscas por vítimas seguem no local. Participam das buscas 50 bombeiros e 40 voluntários. Cães farejadores também estão na operação.
O desabamento aconteceu no início desta manhã, às 6h. O prédio fica na rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima e faz parte do Conjunto Beira-Mar. Segundo os bombeiros, um dos blocos desabou totalmente e outro, parcialmente.
O prédio estava interditado por ordem judicial desde 2010, de acordo com a prefeitura de Paulista. No entanto, foi reocupado em 2012. Uma vistoria foi feita em 2018 e confirmou a interdição. Não há informações se os moradores eram assistidos por algum programa habitacional ou se tinham suporte para deixarem o local.
Esse tipo de prédio, que é popularmente conhecido como “prédio caixão”, tem térreo e três andares e, em cada pavimento há quatro apartamentos. Como no Edifício Leme, que desabou em abril, no bairro de Jardim Atlântico, Olinda.
À época, o acidente deixou seis mortos e cinco feridos. O prédio estava interditado desde 2000, por causa de problemas de segurança. Entretanto, também foi reocupado.
(Fonte: G1)