Correio de Carajás

Jovem detida em Canaã é inocentada na delegacia

Detida com mais dois homens, sob acusação de tráfico de drogas, a jovem Wanessa Barros da Silva (20 anos) conseguiu provar, na Delegacia de Polícia Civil de Canaã dos Carajás, que ela nada tinha a ver com a maconha apreendida. Assim sendo, ela não foi autuada e virou testemunha no inquérito.

A informação foi repassada pela advogada dela, Sarah Jeniffer Melo Soares. Ela também adianta que deve acionar o Estado judicialmente pelo constrangimento imposto a sua representada ao apresentá-la detida na DP.

Em e-mail enviado à Redação deste CORREIO, Sarah Jeniffer informou que no final do dia, após as tomadas de depoimento, foi constatado que Vanessa não tinha nenhuma participação no ocorrido. “Wanessa não tem e nem teve nenhum envolvimento com o ocorrido, figurando apenas na qualidade de testemunha”, reafirmou a advogada.

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A maconha pesando 1,024kg foi apreendida em uma van, que saía de Parauapebas com sentido a Canaã dos Carajás, mas o dono do pacote não foi encontrado na van. Porém havia um número de telefone que levou a polícia até o endereço de Vinícius Santos da Silva (25), companheiro de Wanessa. Foi aí que a moça entrou na história e acabou também levada para a delegacia.

OITIVAS

Em seu depoimento, Wanessa relatou ter sido surpreendida coma chegada da Polícia Militar em casa, já conduzindo Vinícius, companheiro dela. Ainda de acordo com a moça, os policiais pediram para entrar no imóvel, e jamais imaginava que Vinícius “mexia com coisa errada”.

Ela disse ter ficado assustada quando os policiais encontraram a droga na casa e, de tão abalada que ficou, sequer conseguiu acompanhar as buscas na residência. Wanessa contou que, após a droga ter sido achada, os policiais informaram que ela seria conduzida para a delegacia.

Além de Wanessa e Vinícius, havia uma terceira pessoa na casa: Josias Igor Silva Granjeiro (28). Segundo ela, o rapaz estava hospedado com eles, pois tinha ido morar em Canaã em busca de emprego e iria trabalhar como pintor em uma obra.

Também na delegacia, Igor Josias confirmou a versão apresentada por Wanessa e detalhou que estava havia apenas quatro dias em Canaã. Ele também alegou não ter conhecimento de que Vinícius guardava drogas em casa.

Por outro lado, Vinícius confessou o crime. Alegou aos policiais que havia recebido apenas R$ 100,00 para pegar a droga na van e guardar em casa. O dinheiro seria para pagar o frete e ficar com o restante como pagamento pelo “serviço”. O acusado disse também que conhecia seu contratante apenas pelo apelido de “Flamengo” e este combinou de buscar a droga na casa de Vinícius assim que pudesse.

Diante dos três depoimentos, apenas Vinícius foi autuado em flagrante, enquanto Wanessa e Igor foram liberados e figuram apenas como testemunhas. (Da Redação)