Em desespero, a família de Matheus Gabriel da Silva Costa, 18 anos, faz um apelo e clama por informações que possam levar ao paradeiro do jovem, que desapareceu no dia 3 de fevereiro, no centro da cidade de Xinguara.
Segundo a mãe de Matheus, Zely Aparecida, ele voltava do futebol, por volta das 23h, quando, ao deixar um amigo em sua residência, foi seguido por uma viatura da Polícia Militar. “Ele estava indo pra casa, foi abordado pela PM num beco e foi torturado. Eles levaram meu filho dentro da viatura e um dos policiais, foi pilotando a moto dele”, conta a mãe emocionada.
A Polícia Civil de Xinguara está investigando o caso, já que o jovem e sua moto até agora não apareceram. De acordo com Zely, o delegado Jose Orimaldo está à frente das investigações, já colheu depoimentos de pessoas que viram e ouviram Matheus sendo torturado pelos policiais militares, além de ter acesso a imagens de câmeras das ruas.
Leia mais:“Só peço que o Estado devolva meu filho, porque foram os policiais que o sequestraram. Quero meu filho de volta, estou desesperada sem saber pra onde correr. A justiça é lenta, por isso estou pedindo ajuda da imprensa para pressionar por uma resposta. Isso não pode ficar impune”, desabafou a mulher.
A mãe do jovem informa que quando adolescente, Matheus teve alguns problemas com a polícia, mas pagou pelo erro.
Matheus trabalhava há dois anos num posto de gasolina, começou a trabalhar ainda adolescente como frentista e a seis meses, conseguiu o cargo de frentista. Foi inclusive com o trabalho que ele conseguiu dar entrada na sua moto.
O Ministério Público de Xinguara também está envolvido na investigação sobre o caso. No final da tarde de ontem, o CORREIO entrou em contato com o coronel Paulo Daniel Ribeiro da Silva, comandante do CPR-V (5º Comando de Policiamento Regional), ao qual a PM de Xinguara é subordinada. Mas ele informou que estava em uma videoconferência e falaria sobre o caso posteriormente. (Ana Mangas)