A Polícia Civil deve abrir inquérito para investigar a causa e as circunstâncias da morte do jovem Milton Júnior Silva Moreira, de 19 anos. O corpo dele foi encontrado na terça-feira (10) por um coletor de açaí em uma área de mata na entrada de Itupiranga. Não se sabe exatamente se ele foi assassinado ou morreu de overdose, mas a vida pregressa de Milton Júnior indica que ele tinha inimizades. No final da manhã de ontem (11) o pai dele, Milton dos Passos Moreira, e um tio, Edenilton dos Passos Moreira, foram fazer o reconhecimento e a retirada do corpo, que estava na câmara fria do Instituto Médico Legal (IML) de Marabá.
Para a reportagem, o tio contou que há cerca de três anos Milton Júnior abandonou a família, que mora quase toda em Novo Repartimento, e pegou a Transamazônica, passando por várias localidades, até chegar em Itupiranga, onde fixou residência, mas sempre teve problemas devido a envolvimento em atividades ilícitas, como furto e uso de drogas, o que pode ter lhe gerado inimigos. “Ele estava aprontando muito”, resumiu o tio.
Já o pai dele, que é lavrador na área da Vicinal 232, em Repartimento, disse que é pai de três filhos (agora dois) e que ninguém na família nunca teve envolvimento com atividades ilegais, mas Milton Júnior decidiu sair de casa e agora perdeu a vida dessa forma.
Leia mais:Milton Moreira disse que manteve contato com o filho há alguns meses, mas não sabia o que ele andava fazendo, de todo modo pediu que as autoridades investiguem o caso porque foi uma vida que se perdeu e se houver algum responsável esta pessoa precisa ser identificada e presa.
Perguntado o que sentiu ao ver o filho morto tão jovem, depositado na câmara fria do IML de Marabá, Milton Moreira foi enfático: “Fiquei arrasado”.
(Chagas Filho e Josseli Carvalho)