Correio de Carajás

Jornalista do Correio vence edital da Petrobras para reportagens de saúde mental

A proposta, que receberá uma bolsa de R$ 20 mil para a execução, é embasada em um estudo da Unifesspa que revela como a transfobia afeta pessoas trans em Marabá

A proposta de Luciana Araújo está entre as três selecionadas no Norte do Brasil/ Foto: Sérgio Barro
Por: Da Redação
✏️ Atualizado em 08/08/2025 08h09

A proposta da série de reportagens “Viver é Resistir: A Saúde Mental de Pessoas Trans na Amazônia”, da repórter Luciana de Araújo Nascimento, do Correio de Carajás, venceu a Seleção Petrobras de Jornalismo. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (7).

No total, 15 inscrições foram selecionadas. Dessas, três são do Norte do Brasil. A de Luciana é a única na categoria de texto.

A jornalista receberá uma bolsa de R$ 20 mil para executar as reportagens que terão como base um estudo que revela como a transfobia afeta a saúde mental de pessoas trans em Marabá. A pesquisa foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Neurociências e Comportamento, da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

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Luciana Araújo diz estar emocionada com o resultado. “A Petrobras é uma das empresas mais importantes do país e essa seleção é um reconhecimento muito grande do meu trabalho, principalmente propondo uma pauta que é importante para mim por ser aliada da comunidade LGBTQIAPN+”, afirmou.

A repórter acrescenta ser grata ao Correio de Carajás e aos chefes e editores pela confiança no trabalho e por sempre a incentivar a produzir pautas desafiadoras.

Ulisses Pompeu, editor-chefe do Correio de Carajás, afirma que a seleção é um reconhecimento ao comprometimento da equipe que compõe a redação do Grupo Correio de Comunicação. “A seleção da proposta da Luciana demonstra o olhar sensível dela para as questões sociais e culturais que estão à nossa frente. Aponta também que essa equipe está alinhada com o que acontece ao redor”.

SELEÇÃO

As propostas contempladas tratam da produção científica realizada por pessoas de grupos sub-representados na sociedade, bem como iniciativas científicas que tenham como objeto de pesquisa a diversidade e a inclusão.

A avaliação levou em conta os seguintes critérios: aderência e pertinência em relação aos temas de ciência e diversidade; interesse jornalístico; relevância e resultados para os grupos sub-representados e para a sociedade; consistência do detalhamento da sugestão e a viabilidade e conteúdo do plano de reportagem.

Conforme os organizadores, com um investimento de R$ 300 mil, esta é a maior premiação total concedida no país para bolsas de reportagem. O edital, lançado em abril, recebeu um total de 184 inscrições, com propostas das cinco regiões do país.

A repórter propôs à Petrobras se basear no estudo desenvolvido na Unifesspa para, ao longo de quatro reportagens, abordar histórias reais da população LGBTQIAPN+ de Marabá de forma humanizada e a partir de dados científicos.

As reportagens serão publicadas no portal Correio de Carajás e no jornal Correio.