Correio de Carajás

Jogadoras indígenas são homenageadas pelo Museu do Futebol

Neste sábado é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Com a celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas neste sábado (9), o Museu do Futebol, em São Paulo, realiza, até 31 de agosto, uma programação gratuita protagonizada por mulheres indígenas jogadoras de futebol. O evento terá também apresentações artísticas, exibições de filmes e rodas de conversas.

Um dos destaques do evento é a apresentação do Ritual Kuery Kaguy Ijá – Guerreiros Guardiões e Guardiãs das Floresta & Coral M’barete. O ritual, do povo Guarani Myba, é uma dança que ensina autodefesa, a partir do desenvolvimento das habilidades de reflexo e resistência.

Uma das atletas, Susana Pakua, que atua em diversos coletivos indígenas, destaca a importância e o que chama atenção no ritual de dança.

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“Nossos rituais, nossas danças são muito sagradas. Elas são sempre para falar de Nhanderú, nosso deus, nosso pai verdadeiro que guia a gente e faz com que tenhamos força todos os dias para enfrentar as dificuldades. O ritual de dança é muito importante porque mostra nossa identidade como Guarani Mbyá”, explica Susana.

Já a mostra Jaraguá Kunhangue Ouga’s  – O jogo das mulheres, propõe destacar as jogadoras femininas da comunidade Guarani Mbyá. Serão exibidas fotografias, vídeos e objetos produzidos pelas jogadoras que documentam o futebol e o cotidiano do grupo.

“As lentes são outra forma que temos de registrar momentos, capturar a história que tá acontecendo e a força do futebol feminino. É sempre importante documentar a nossa existência, não só a luta, mas também o lazer, nosso momento de divertimento, em que estamos sendo nós mesmas, completa Susana”.

O Museu do Futebol está localizado na Praça Charles Miller, no bairro Pacaembu. Aberto de terça a domingo, das 9h às 18h.

Dia dos Povos Indígenas

Para Susana, o Dia Internacional dos Povos Indígenas é uma data de luto.

“A gente tem esse dia marcado no calendário por conta de tantos povos que foram brutalmente assassinados ou violentados de alguma forma. Mas, a gente também vem ressignificando ao longo do tempo. Encaramos como uma forma de homenagem aos nossos ancestrais que deram a vida para que pudéssemos ter o direito de viver da nossa maneira”, disse a jovem liderança do território Jaraguá.

(Agência Brasil)