Um policial militar à paisana foi até um curso profissionalizante na Folha 31, nas proximidades da prefeitura de Marabá, quando se deparou com uma tentativa de assalto. Mesmo de folga, o militar imobilizou o suspeito e ainda lhe deu um tiro no pé, porque este fazia menção de puxar uma arma. O preso, identificado como Itay Nascimento Silva, tinha um comparsa, que conseguiu fugir a pé, abandonando até a moto em que estavam.
Na delegacia, Itay disse à polícia que é jogador de futebol e estava apenas brincando. Ele disse também que é de Marabá, mas está morando em outro Estado e veio apenas passar uns dias na cidade. Pelo jeito, o Poder Judiciário acreditou na versão apresentada pelo preso, pois ele recebeu Alvará de Soltura no dia seguinte e terá o direito de responder ao crime de Roubo Majorado em liberdade.
Mas para ter esse direito, Itay terá de cumprir algumas obrigações, como comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades; manter ocupação lícita; não se ausentar de Marabá sem autorização judicial; não frequentar bares, boates e congêneres; não portar arma de fogo; não fazer uso de bebidas alcoólicas ou drogas; e manter distância mínima de 100 metros da vítima do assalto e dos familiares dela.
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Conforme o Boletim de Ocorrência Policial feito pelo PM – que foi o herói da noite –, o suspeito estava abordando a vítima gritando exaltadamente: “entrega o celular”. Ainda segundo o policial, Itay colocava a mão na cintura, dando a entender que estava armado. Foi nessa hora que o policial empunhou sua arma e deu voz de prisão. Mas o suspeito continuou levando as mãos à cintura.
Temendo levar um tiro, o policial mirou nos pés de Itay e disparou. Somente depois de baleado, foi possível perceber que ele não tinha arma nenhuma. E, nessa hora, o policial percebeu um vulto fugindo em meio à escuridão do local. Era o comparsa de Itay, que deixou para trás a moto em que andavam. (Da Redação)