Correio de Carajás

Jatene já quer ficar

A novela do sai, não sai, terá seu último capítulo em abril para o governador Simão Jatene. A amigos e tucanos com ele mais afinados, Jatene tem dito que irá permanecer no cargo. Nesse caso, abriria mão de concorrer ao Senado, mesmo que isso represente expô-lo à perda do foro privilegiado. Processado por suposto recebimento de propina no “Caso Cerpasa”, Jatene não estaria preocupado com a perspectiva de ter o processo de volta à Justiça paraense, saindo do STJ, onde hoje se encontra. O vice, Zequinha Marinho, diante dessa decisão, se confirmada, terá de se virar nos trinta. Ou seja, mostrar a cara nas urnas.

Fundo banca eleição

Os partidos políticos vão poder usar a verba do fundo partidário para bancar as campanhas de seus candidatos. A autorização é do TSE. Para este ano, o valor aprovado pelo Congresso é de R$ 888,7 milhões, dos quais R$ 780,3 milhões oriundos de dotação da União. Com a decisão do TSE, esse valor se somará ao do fundo público eleitoral de R$ 1,7 bilhão, aprovado pelo Congresso no ano passado. O total passa de R$ 2,5 bilhões. Quer dizer, é o financiamento público de campanha.

Leia mais:

Competição desleal

O uso do Fundo Partidário nas eleições causa divergências entre os partidos. As legendas mais estruturadas queriam barrar o uso dos recursos sob o argumento de que seria desleal a competição com siglas menores, que conseguem guardar verba ao longo do ano para despejar na eleição de seus candidatos, enquanto as siglas maiores precisam investir os valores para manter o dia a dia partidário. Os que se sentirem prejudicados devem se queixar ao papa. Ou a São Nunca.

Cadê as contas

É ver para crer. E comprovar que o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) não passa de uma piada. Na página do órgão, na Internet, foi criada a janela “contas irregulares 2015-2018” para qualquer cidadão verificar como andam as contas das prefeituras e câmaras municipais. O detalhe é que a página está fora do ar faz tempo. Ou seja, o Tribunal sonega a informação que deveria ser pública. O pior é que ainda se diz o órgão de contas “ mais transparente do Brasil”. Imagina não fosse.

Infrator de Marabá

Como reintegrar à família o menor infrator se ele é internado bem longe do local onde cometeu a infração, portanto, distante dos parentes? Isso vem ocorrendo com os menores da região de Carajás e Tucuruí, que são obrigados a cumprir as chamadas medidas socioeducativas em Belém, porque a unidade de Marabá, caindo aos pedaços, estava em ampliação e reforma. Em abril, o Centro deve ser reinaugurado, com 74 vagas, sendo 30 para internação provisória e 40 para adolescentes já sentenciados com medida de internação.

Vagas no Tribunal

Envolvidas nas polêmicas decisões de desbloqueio de R$ 2,3 bilhões no Banco do Brasil para uma quadrilha de fraudadores, as desembargadoras do Tribunal de Justiça do Pará, Marneide Trindade Pereira Merabet e Vera Araújo de Souza, já estão oficialmente aposentadas desde o último dia 6. Com isso, estão abertas duas vagas no desembargo, que devem ser preenchidas pelos critérios de antiguidade e merecimento. Um dos habilitados a “subir”, na condição de mais antigo da lista, é o juiz José Roberto Maia Bezerra Junior.

 

 

___________________BASTIDORES_____________________________

 

 

* Como é que prefeituras que não pagam suas dívidas com a União vão receber dinheiro de convênios federais e verbas de emendas parlamentares? O senador Jader Barbalho se diz preocupado com o fato e já faz barulho em Brasília.

* No Pará, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), mais de 70% das prefeituras devem e não pagam. Algumas até já foram condenadas e não pagaram um centavo.

* O autofinanciamento eleitoral, aprovado pelo TSE, criou uma situação que não é nova, mas era mascarada pelas doações privadas, quando isso ainda era permitido. O candidato com mais possibilidades financeiras é o que, ao menos em tese, tem mais chances de eleição.

* Enchentes em municípios do sudeste e sul paraense trazem à tona velhos problemas que prefeituras acabam por ter de assumir: remoção de famílias que, sem ter para onde ir, necessitam de abrigos públicos.

* Em Marabá e Parauapebas, como Xinguara e outros municípios, resta aos prefeitos decretarem estado de calamidade para receber ajuda federal. Não seria melhor, durante o verão, investir em obras para conter o avanço das águas?

* Prefeitos alegam ser impossível enfrentar a fúria das chuvas e a subida dos rios, culpando também a ocupação desordenada dos espaços urbanos, principalmente as áreas periféricas, as mais atingidas pelas enchentes.

A novela do sai, não sai, terá seu último capítulo em abril para o governador Simão Jatene. A amigos e tucanos com ele mais afinados, Jatene tem dito que irá permanecer no cargo. Nesse caso, abriria mão de concorrer ao Senado, mesmo que isso represente expô-lo à perda do foro privilegiado. Processado por suposto recebimento de propina no “Caso Cerpasa”, Jatene não estaria preocupado com a perspectiva de ter o processo de volta à Justiça paraense, saindo do STJ, onde hoje se encontra. O vice, Zequinha Marinho, diante dessa decisão, se confirmada, terá de se virar nos trinta. Ou seja, mostrar a cara nas urnas.

Fundo banca eleição

Os partidos políticos vão poder usar a verba do fundo partidário para bancar as campanhas de seus candidatos. A autorização é do TSE. Para este ano, o valor aprovado pelo Congresso é de R$ 888,7 milhões, dos quais R$ 780,3 milhões oriundos de dotação da União. Com a decisão do TSE, esse valor se somará ao do fundo público eleitoral de R$ 1,7 bilhão, aprovado pelo Congresso no ano passado. O total passa de R$ 2,5 bilhões. Quer dizer, é o financiamento público de campanha.

Competição desleal

O uso do Fundo Partidário nas eleições causa divergências entre os partidos. As legendas mais estruturadas queriam barrar o uso dos recursos sob o argumento de que seria desleal a competição com siglas menores, que conseguem guardar verba ao longo do ano para despejar na eleição de seus candidatos, enquanto as siglas maiores precisam investir os valores para manter o dia a dia partidário. Os que se sentirem prejudicados devem se queixar ao papa. Ou a São Nunca.

Cadê as contas

É ver para crer. E comprovar que o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) não passa de uma piada. Na página do órgão, na Internet, foi criada a janela “contas irregulares 2015-2018” para qualquer cidadão verificar como andam as contas das prefeituras e câmaras municipais. O detalhe é que a página está fora do ar faz tempo. Ou seja, o Tribunal sonega a informação que deveria ser pública. O pior é que ainda se diz o órgão de contas “ mais transparente do Brasil”. Imagina não fosse.

Infrator de Marabá

Como reintegrar à família o menor infrator se ele é internado bem longe do local onde cometeu a infração, portanto, distante dos parentes? Isso vem ocorrendo com os menores da região de Carajás e Tucuruí, que são obrigados a cumprir as chamadas medidas socioeducativas em Belém, porque a unidade de Marabá, caindo aos pedaços, estava em ampliação e reforma. Em abril, o Centro deve ser reinaugurado, com 74 vagas, sendo 30 para internação provisória e 40 para adolescentes já sentenciados com medida de internação.

Vagas no Tribunal

Envolvidas nas polêmicas decisões de desbloqueio de R$ 2,3 bilhões no Banco do Brasil para uma quadrilha de fraudadores, as desembargadoras do Tribunal de Justiça do Pará, Marneide Trindade Pereira Merabet e Vera Araújo de Souza, já estão oficialmente aposentadas desde o último dia 6. Com isso, estão abertas duas vagas no desembargo, que devem ser preenchidas pelos critérios de antiguidade e merecimento. Um dos habilitados a “subir”, na condição de mais antigo da lista, é o juiz José Roberto Maia Bezerra Junior.

 

 

___________________BASTIDORES_____________________________

 

 

* Como é que prefeituras que não pagam suas dívidas com a União vão receber dinheiro de convênios federais e verbas de emendas parlamentares? O senador Jader Barbalho se diz preocupado com o fato e já faz barulho em Brasília.

* No Pará, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), mais de 70% das prefeituras devem e não pagam. Algumas até já foram condenadas e não pagaram um centavo.

* O autofinanciamento eleitoral, aprovado pelo TSE, criou uma situação que não é nova, mas era mascarada pelas doações privadas, quando isso ainda era permitido. O candidato com mais possibilidades financeiras é o que, ao menos em tese, tem mais chances de eleição.

* Enchentes em municípios do sudeste e sul paraense trazem à tona velhos problemas que prefeituras acabam por ter de assumir: remoção de famílias que, sem ter para onde ir, necessitam de abrigos públicos.

* Em Marabá e Parauapebas, como Xinguara e outros municípios, resta aos prefeitos decretarem estado de calamidade para receber ajuda federal. Não seria melhor, durante o verão, investir em obras para conter o avanço das águas?

* Prefeitos alegam ser impossível enfrentar a fúria das chuvas e a subida dos rios, culpando também a ocupação desordenada dos espaços urbanos, principalmente as áreas periféricas, as mais atingidas pelas enchentes.