De 21 vereadores da Câmara Municipal de Marabá, 13 trocaram de partido e 8 ficaram nas siglas pelas quais foram eleitos. As motivações foram diversas — aderir à base do governador, Helder Barbalho, aderir à base do prefeito atual, Tião Miranda, ou se alinhar a alguma das forças do campo conservador que disputarão a próxima eleição para prefeito. A intenção de todos é a mesma: buscar as melhores condições para obter um novo mandato parlamentar em outubro deste ano.
O partido do governador Helder Barbalho, o MDB, é uma das maiores forças no Legislativo municipal e conseguiu crescer ainda mais. Até este sábado eram dois vereadores, agora são quatro: Cristina Mutran, Coronel Araújo, Ilker Moraes e Ray Athie. Mas o União Brasil também saiu fortalecido do jogo de xadrez eleitoral e também vai às eleições deste ano com quatro parlamentares da atual legislatura, todos novos na sigla: Aerton Grande, Dato do Ônibus, Frank do Jardim União e a experiente Vanda Américo.
Cabo Rodrigo saiu do Republicanos e foi para o PL, juntamente com Raimundinho do Comércio e Fernando Henrique; Elza Miranda foi para o PDT de Miguelito juntamente com Ronaldo da 33; Pedrinho Corrêa aportou no PRD sozinho.
Leia mais:Beto Miranda, irmão do prefeito Tião Miranda, manteve-se no PSD; Miguelito permanece no PDT; Márcio do São Félix é fiel ao seu PSDB; assim como Marcelo Alves, que não troca seu PT por nenhuma outra sigla partidária. O atual presidente da Câmara é um caso a parte. Ele não saiu do PDT, mas também anunciou que não deverá concorrer mais ao cargo de vereadores. Em seu lugar, a filha Maiana Stringari, que é nutricionista, deve concorrer pelo mesmo PDT.
Também nesse mesmo PDT está Badeco do Gerson, que acaba de sair do cargo de vereador com o retorno de Vanda Américo, que reassumiu o cargo depois de deixar a presidência da Fundação Casa da Cultura.
Daqui para frente, a grande incógnita será a composição das chapas para prefeito, o que só deve ficar 100% definido entre 20 de julho a 5 de agosto, quando partidos poderão realizar convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Após a definição das candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral.
Até agora, o maior dilema é saber se o prefeito Tião Miranda vai mesmo lançar candidato a prefeito ou se pretende apoiar algum outro e indicar o vice para a chapa. Muitos dos vereadores que o acompanhavam até bem pouco tempo atrás já se adiantaram e se alinharam a outros candidatos. Eles argumentam que o prefeito não será candidato e que estaria demorando para definir completamente o rumo que deve seguir para a eleição de outubro próximo. (Ulisses Pompeu)