Correio de Carajás

Irmãs de Parauapebas criam startup e produzem pimenta-do-reino sustentável

Projeto pioneiro substitui o método convencional de cultivo, trocando estacas de madeira pela plantação em árvores

As jovens Tainara e Thayse tiveram a oportunidade de apresentar a startup no Festival Vale Amazônia

Transformando a Amazônia em sabores sustentáveis, uma revolucionária abordagem na produção de pimenta-do-reino tem sido implementada no Pará e Brasil através das irmãs parauapebenses Tainara e Thayse Vasconcelos, com a startup Diamante Negro da Amazônia (DINAM). A perspectiva para a cadeia produtiva da especiaria tem como foco substituir o método convencional de cultivo, que utiliza estacas de madeira pela plantação em árvores.

A gliricidia, uma árvore de crescimento vigoroso, é a chave do projeto de plantio de pimenta-do-reino sustentável. A ideia não só apresenta uma forma alternativa de cultivo, mas também foi introduzida ao mundo pelo Festival Vale-Amazônia, através da linha de condimentos. A especiaria produzida desta maneira tem conquistado o público de forma surpreendente, demonstrando um sucesso promissor.

HISTÓRIA

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A DINAM foi fundada há aproximadamente dois anos, na esteira do programa Inova Up, uma iniciativa visionária da Fundação Vale. A essência da startup surgiu fomentada pelo almejo do impacto positivo na região, mais precisamente no desenvolvimento da cadeia produtiva da pimenta-do-reino. No entanto, com uma inovação radical: o cultivo em árvores.

A reportagem deste CORREIO esteve no festival promovido pela mineradora, em Belém, onde as empreendedoras tiveram a oportunidade de apresentar os condimentos que produzem através da pimenta. O clássico da cozinha brasileira foi entregue ao público por meio de amostras que temperavam o abacaxi e traziam ao paladar de quem experimentava, a doçura das jovens e o picante da ousadia em criar tal empreendimento.

“Expandindo horizontes, temos como objetivo levar nosso projeto-piloto para além dos limites de Parauapebas. O plano é alcançar a zona rural e a comunidade mais afastada, impulsionando a geração de emprego e renda e, posteriormente, estendendo-se para outras áreas brasileiras produtoras de pimenta, porém, que ainda seguem o método tradicional de cultivo”, explica Tainara.

As jovens depositam no condimento o compromisso em construir um mundo melhor, por meio da pimenta-do-reino

Através da linha de condimentos, ela e a irmã desejam difundir a mensagem inspiradora de que é possível produzir pimenta-do-reino de forma sustentável, em harmonia com a fauna amazônica.
Ao explorar a cadeia de produção da especiaria, as jovens se depararam com desafios enfrentados pelos produtores locais e regionais.

Vendo uma oportunidade de fazer a diferença, buscaram colaborações e parcerias para implementar soluções transformadoras para esses desafios.

A DINAM é uma pioneira na redefinição do cultivo e produção da pimenta-do-reino. Com uma visão transformadora dentro da indústria agrícola, o empreendimento contribui para o desenvolvimento sustentável de comunidades, plantando sementes de mudança, com o potencial de florescer em um futuro mais verde e próspero. Através da fusão entre inovação e tradição, a dupla tem provado na prática que a natureza e a agricultura podem se unir em harmonia, gerando resultados benéficos para todos. (Thays Araujo)