Correio de Carajás

Investigada por ocultar corpo de tatuadora ganhará liberdade

Deidyelle deve ganhar liberdade até segunda e, caso seja condenada, a pena máxima é de 3 anos

Mesmo que seja revoltante para a maioria da população, é verdade: Deidyelle Oliveira Alves, investigada por ocultar o cadáver da tatuadora Flávia Alves Bezerra, vai ganhar o direito de responder ao crime em liberdade. E isso deve acontecer, no máximo, até segunda-feira (27). A informação já foi confirmada pela Polícia Civil.

Isso ocorre porque Deidyelle está sob prisão temporária, também chamada de prisão investigativa, em razão de o crime de ocultação de cadáver ter uma pena leve: vai de 1 a 3 anos de prisão, conforme previsto no Artigo 211 do Código Penal Brasileiro (CPB).

Por isso, a prisão não pode ser convertida em preventiva e o prazo expira neste sábado (25), quando se completam 30 dias da prisão dela.

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Quanto ao investigado pelo assassinato, William Araújo Sousa, ele permanece preso e o inquérito já está praticamente concluído. O caso dele é bem diferente, pois ele responderá por homicídio. Mas as informações sobre a real motivação do crime ainda são escassas, pois até hoje William nega a autoria.

MÃE REVOLTADA

Pelo Instagram, Paula Alves, mãe de Flávia, vem demonstrando muita revolta pela iminente soltura de Deidyelle. Em um vídeo que circula há pelo menos dois dias, ela relata a forma cruel como sua filha foi assassinada e teve o corpo jogado em uma cova rasa.

Paula pede justiça e também questiona as autoridades quanto à soltura de Deidyelle. “Se fosse a filha de um juiz, de um promotor, de alguém que você ama, que tivesse (o corpo) jogado assim, igual um cachorro, você ia soltar?”, questiona.

O CRIME

Flávia foi vista pela última vez no dia 15 de abril. Com ajuda de imagens de câmeras de segurança, a polícia descobriu que ela estava com William. A investigação sugere que ele a matou por estrangulamento dentro do carro dele e depois escondeu o corpo no porta-malas.

Em seguida, confessou o crime à esposa e seguiram até Jacundá, onde se encontraram com um irmão de Deidyelle e ambos enterraram o corpo na Vicinal 60, zona rural, na fronteira com Nova Ipixuna.

O irmão de Deidyelle alega ter sido pego de surpresa nessa situação e ajudou a enterrar o corpo da tatuadora de 26 anos porque temia pela vida de sua irmã, que estaria sendo coagida a ajudar no desaparecimento do corpo.

O cadáver de Flávia foi encontrado por volta das 23h do dia 25, mesmo dia em que William e Deidyelle foram presos.

(Chagas Filho)