📅 Publicado em 26/11/2025 08h52
A inspeção na segunda ponte sobre o Rio Itacaiunas, em Marabá, segue como prioridade máxima para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Na manhã desta terça-feira (25), o Correio de Carajás esteve novamente na sede do órgão, no Núcleo Cidade Nova, para acompanhar de perto o andamento das análises que buscam esclarecer a origem do afundamento identificado na estrutura.
Em entrevista à Reportagem, o analista de infraestrutura Jairo de Jesus Rabelo destacou que os trabalhos realizados na segunda-feira (24) foram voltados à vistoria completa e coleta detalhada de imagens, que alimentarão um relatório técnico em elaboração por especialistas vindos de Brasília.
“A ponte não está entrando em colapso. Ela apresenta uma flexão que vem se acentuando, e por precaução decidimos iniciar o processo de manutenção e restringir o tráfego”, explica Jairo.
Leia mais:Segundo ele, o foco agora é determinar o plano de intervenção necessário, o que só será possível após a conclusão da avaliação minuciosa da equipe especializada.
Jairo reforça que o prazo inicial estimado para apresentação do relatório, cerca de 15 dias, pode ser estendido. “Vai depender do quanto eles vão se aprofundar. A prioridade é entender exatamente o que está acontecendo”, afirma.

Reforço na fiscalização
A ponte nova está totalmente interditada há sete dias, desde 18 de novembro, justamente para permitir uma avaliação segura e sem vibrações externas que interfiram nas inspeções. A previsão inicial era de que a interdição duraria cerca de 15 dias, mas essa estimativa poderá ser ampliada conforme a complexidade do problema estrutural.
Um pórtico de restrição foi instalado para impedir a passagem de veículos pesados, mas acabou danificado por um caminhão que desrespeitou a sinalização. Para evitar novos riscos à estrutura, o DNIT bloqueou a ponte temporariamente até que o dispositivo fosse reinstalado, o que ocorreu ainda ontem (terça-feira).

Jairo esclarece que, apesar de a passagem ser destinada apenas a veículos leves, a falta de disciplina de alguns caminhoneiros levou à interdição total. “Eles destruíram o pórtico limitador. Precisamos fechar tudo porque identificamos caminhões trafegando na ponte nova”, relata. Uma blitz educativa chegou a ser realizada para orientar os motoristas.
Especialistas nacionais atuam na inspeção
A equipe que atua na análise da ponte inclui uma coordenadora de obras de pontes e um professor especialista na área, reconhecido nacionalmente, ambos vindos de Brasília. O DNIT destaca que a presença desses profissionais reflete a seriedade e a complexidade da avaliação técnica.
Ações educativas reforçadas
Glícia Favacho, do setor de Comunicação do DNIT, destacou que novas ações educativas continuarão sendo realizadas ao longo da semana. A equipe de comunicação enviada de Altamira permanece em Marabá para orientar motoristas sobre o fluxo correto: a ponte antiga segue destinada aos veículos pesados, enquanto a ponte mais recente deve ser utilizada exclusivamente por veículos leves após a reinstalação do pórtico.

“Hoje estivemos conversando com cada usuário, reforçando a importância de obedecer à sinalização. Essa divisão é fundamental para garantir segurança enquanto a análise técnica está em andamento”, afirma Glícia.
