Correio de Carajás

Intervenção: Roubo de caminhonete termina em morte

A tarde foi de violência nesta quarta-feira (4). Quatro homens acusados de participar do roubo de uma caminhonete na cidade de Jacundá acabaram sendo frustrados pela polícia, após chegarem a Marabá com o veículo roubado. Dois deles foram presos. Os outros dois foram mortos em confronto com policiais militares já no Km 8 da Rodovia Transamazônica (BR-230), na saída para Itupiranga.

Foram apresentados na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil os acusados Pedro Mateus Silva Coelho e Reinaldo Gomes da Silva. Os outros dois envolvidos foram identificados Joelson Santos Bitencourt, de 17 anos, e Leandro da Silva Santos, de 22. Eles entraram em confronto com a Polícia Militar e acabaram morrendo na refrega.

Tudo começou por volta das 11h da manhã, quando a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) recebeu informação de que três elementos roubaram uma caminhonete S-10 em Jacundá, segundo informou o sargento Olimar, do posto policial que fica na Vila Sarandi, 5 km depois de Morada Nova, entre Marabá e Nova Ipixuna.

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De acordo com o policial, a informação era de que dois bandidos estavam na caminhonete enquanto um terceiro estaria dando apoio em uma moto potente de 300 cilindradas. Eles foram alertados e ficaram no aguardo, mas a caminhonete conseguiu furar o bloqueio policial. Só que o piloto da moto não teve a mesma sorte.

Parado pelos policiais, Pedro Mateus, de 20 anos, disse onde estariam os comparsas. De posse das informações os policiais seguiram até uma casa no núcleo Cidade Nova, em Marabá, e ainda pediram apoio do Grupamento Tático Operacional (GTO).

Policiais verificam chassi da moto e descobrem que placa está clonada e a documentação adulterada

Ao chegar na casa, os policiais encontraram um quarto suspeito de integrar o bando. Era Reinaldo Gomes, conhecido como “Pink”. Na casa foram encontrados objetos que seriam roubados, como um aparelho televisor e uma roçadeira, além de um revólver e uma espingarda.

Enquanto isso, a equipe do GTO liderada pelo tenente Mourão, após colher informações, correu no encalço dos outros dois elementos, que estariam homiziados já na saída de Marabá, sentido Itupiranga. Lá foi que ocorreu a troca de tiros.

Para a reportagem do jornal, o oficial PM disse que eles avistaram dois elementos com as características dos acusados e estes, ao ver a viatura, começaram a atirar na direção dos policiais e entraram no mato. “Fomos emboscados, começaram a atirar, revidamos aos tiros, nos aproximamos e conseguimos fazer a contenção deles”, resume, ao acrescentar que levaram os baleados para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde foram confirmadas as mortes.

O jornal também conversou com os dois acusados de foram presos. Pedro Mateus, que pilotava a moto, quis desconversar, dizendo apenas que tinha sido apanhado em uma blitz “todo errado”. Alegou também que foi a Jacundá porque tem familiares lá, mas em nenhum momento falou sobre a participação no assalto.

Sobre a moto apreendida em poder de Pedro Mateus, o sargento Olimar disse que foi verificado no sistema de segurança que o veículo estava com placa clonada e também que a documentação falsa.

Por outro lado, o acusado Reinaldo Gomes – embora tenha dito inicialmente que não tinha nada a declarar – foi mais eloquente. Em sua defesa disse apenas que guardou “coisas roubadas” na casa, sem saber. Disse também que conhecia os assaltantes mortos pelos apelidos de “Negão” e “Macaxeira”, mas não tinha conhecimento que eles eram assaltantes ou mesmo que estariam fazendo um assalto ontem em Jacundá. “Fiquei sabendo agora”, resumiu.

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De acordo com informações que a reportagem conseguiu apurar ontem à noite, o acusado Joelson Santos Bitencourt, de 17 anos, foi alvejado com quatro tiros durante a refrega com os policiais. Por outro lado, o comparsa dele, Leandro da Silva foi atingido por dois disparos. Ele estava em liberdade condicional deste janeiro deste ano.

(Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha)