‘Insulto à vida’: ChatGPT desativa função que copiava estúdio japonês

Estamos falando do talvez mais importante estúdio japonês da atualidade, quando o assunto é longa-metragem de animação. O Estúdio Ghibli se tornou conhecido por produções aclamadas, como “A Viagem de Chihiro”, “Meu Amigo Totoro” e o mais recente, “O Menino e a Garça”.

Só tem um problema: a OpenAI jamais pediu licença ao Estúdio Ghibli para replicar o característico estilo do estúdio. Tudo foi feito sem autorização. O tema rapidamente ganhou força entre os fãs da produtora, que lembraram de um vídeo antigo no qual Hayao Miyazaki, cofundador do Ghibli, critica o uso de ferramentas tecnológicas, pois não seriam capazes de compreender os sentimentos humanos. “É um insulto à própria vida”, diz ele.

O assunto não pegou bem, e a OpenAI colocou uma restrição para que o ChatGPT não atenda mais a esses pedidos.

Hoje, os japoneses passam por essa dor de cabeça, mas amanhã podem ser outros criadores de renome, como Pixar, Disney ou até mesmo Mauricio de Sousa.

Essa situação escancara o modo de agir das empresas de IA. Elas copiam tudo o que está disponível na internet (texto, imagens, vídeos, gravações de áudio etc.) sem pedir licença. Depois, criam ferramentas realmente poderosas que atraem usuários, mas que, via de regra, não remuneram aqueles mesmos produtores de conteúdo.