Depois de comerciantes, donos dos bares e proprietários de academia se manifestarem em razão do lockdown que vigorou em Parauapebas até este domingo (28), agora os representantes das instituições de ensino privadas realizam protesto pacífico em frente ao prédio da Prefeitura Municipal, na manhã desta segunda-feira (29).
Na pauta está o novo decreto municipal que flexibilizou algumas medidas restritivas, como promover a reabertura do comércio, mas manteve a suspensão das aulas presenciais. O documento foi assinado pelo prefeito, Darci Lermen, na manhã de sábado (27) e passou a valer ainda no domingo.
O novo texto segue as diretrizes do governo estadual para áreas em bandeira vermelha. Neste contexto, a realização de aulas presenciais em creches e escolas privadas estão suspensas até esta quinta-feira, dia 1º de abril, podendo ser realizadas na modalidade remota.
Leia mais:Evandro Santana de Sousa, de 36 anos, diretor de uma escola que presta serviços de Maternal e Fundamental I, não vê motivos para que as escolas não sejam reabertas desde que seguidos os protocolos sanitários recomendados.
Conforme ele, as aulas online não rendem tanto aproveitamento como as presenciais e defende que menos de 25% da contaminação acontece nestes ambientes, considerando injusta a reabertura do comércio enquanto as instituições de ensino permanecem fechadas.
A professora Darcilene Lima dos Santos, de 39 anos, que atua em Jardim de Infância, se diz preocupada com a renda familiar dos trabalhadores do setor. “É difícil ficar sem trabalhar. Ficamos à deriva após reabertura do comércio sem a abertura de escolas. Se não trabalhar não há renda”, diz, defendendo também adoção de medidas sanitárias para o funcionamento das escolas. “Tem sido muito difícil pagar as contas”, afirma.
Conforme os manifestantes, representantes de 20 instituições integram o protesto pacífico e uma comissão se reúne com representantes da gestão municipal. O Correio de Carajás solicitou posicionamento da assessoria de comunicação da Prefeitura de Parauapebas e aguarda retorno. (Juliano Corrêa e Luciana Marschall)