As pessoas que necessitam de atendimento na agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Marabá têm voltado para casa insatisfeitas. O motivo é que muitas perícias agendadas estão sendo adiadas e as senhas não chegam a todos os usuários, deixando grande parte da população sem atendimento no órgão. Não é de hoje que o problema existe e dado muita dor de cabeça para quem depende do órgão para se aposentar ou receber qualquer outro benefício após anos de trabalho.
É o caso de Jarina Trindade, que buscou atendimento pela segunda vez e ainda não teve o seu problema resolvido. “Toda vez que a gente chega aqui, falam que já distribuíram 15 senhas e aí não tem mais e não atendem”, reclamou, relatando para a reportagem que buscou a instituição para resolver um problema referente ao documento de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mas sem sucesso.
“Eu trabalho com isso, aí houve um erro no documento. Eu preciso resolver e não tem outro lugar. E se não resolver fica pendente, dá problema para o funcionário”, reclamou. Jarina falou ainda que antes das seis da manhã aguardava pela abertura da agência, e que mesmo de madrugada, vários usuários também se amontoavam na porta do órgão.
Leia mais:Para ela, falta atendimento de qualidade na unidade. “O pessoal é displicente, não sabe atender, não conhece o documento e não tem disponibilidade para atender. Deixam a gente esperando duas a três horas em pé”, desabafou. Quem também se sentiu prejudicada foi Milza Alves, que necessitava de uma declaração da previdência e ficou sem senha no fim das contas.
Perícia
Outro problema relatado pelos usuários é a realização da perícia, que sempre é adiada para muitos deles. Maria da Conceição Costa Oliveira procurou a agência junto com o esposo José de Ribamar de Oliveira, que está desempregado há dois anos. “Quando ele saiu da empresa procurou o auxílio-doença, porque ele saiu da empresa já doente”, disse.
Conforme explicou, o marido deu entrada no auxílio-doença em maio do ano passado e sua perícia acabou sendo agendada para o mês de julho do mesmo ano. No entanto, o procedimento não foi feito e, depois de muitos adiamentos, ficou marcado para ocorrer neste mês de novembro.
“Hoje, viemos para fazer a perícia e vai ser adiada de novo, porque não tem o médico. Então, a gente está em uma situação muito difícil”, lamentou, acrescentado que só não tem passado fome porque os filhos que trabalham vem dando o suporte de que necessitam.
A equipe de reportagem do Correio tentou contato com a assessoria do INSS em Belém via e-mail, porém até o fechamento desta edição não recebeu nenhum posicionamento do órgão, o que aliás tem se configurado uma prática recorrente. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)
As pessoas que necessitam de atendimento na agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Marabá têm voltado para casa insatisfeitas. O motivo é que muitas perícias agendadas estão sendo adiadas e as senhas não chegam a todos os usuários, deixando grande parte da população sem atendimento no órgão. Não é de hoje que o problema existe e dado muita dor de cabeça para quem depende do órgão para se aposentar ou receber qualquer outro benefício após anos de trabalho.
É o caso de Jarina Trindade, que buscou atendimento pela segunda vez e ainda não teve o seu problema resolvido. “Toda vez que a gente chega aqui, falam que já distribuíram 15 senhas e aí não tem mais e não atendem”, reclamou, relatando para a reportagem que buscou a instituição para resolver um problema referente ao documento de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mas sem sucesso.
“Eu trabalho com isso, aí houve um erro no documento. Eu preciso resolver e não tem outro lugar. E se não resolver fica pendente, dá problema para o funcionário”, reclamou. Jarina falou ainda que antes das seis da manhã aguardava pela abertura da agência, e que mesmo de madrugada, vários usuários também se amontoavam na porta do órgão.
Para ela, falta atendimento de qualidade na unidade. “O pessoal é displicente, não sabe atender, não conhece o documento e não tem disponibilidade para atender. Deixam a gente esperando duas a três horas em pé”, desabafou. Quem também se sentiu prejudicada foi Milza Alves, que necessitava de uma declaração da previdência e ficou sem senha no fim das contas.
Perícia
Outro problema relatado pelos usuários é a realização da perícia, que sempre é adiada para muitos deles. Maria da Conceição Costa Oliveira procurou a agência junto com o esposo José de Ribamar de Oliveira, que está desempregado há dois anos. “Quando ele saiu da empresa procurou o auxílio-doença, porque ele saiu da empresa já doente”, disse.
Conforme explicou, o marido deu entrada no auxílio-doença em maio do ano passado e sua perícia acabou sendo agendada para o mês de julho do mesmo ano. No entanto, o procedimento não foi feito e, depois de muitos adiamentos, ficou marcado para ocorrer neste mês de novembro.
“Hoje, viemos para fazer a perícia e vai ser adiada de novo, porque não tem o médico. Então, a gente está em uma situação muito difícil”, lamentou, acrescentado que só não tem passado fome porque os filhos que trabalham vem dando o suporte de que necessitam.
A equipe de reportagem do Correio tentou contato com a assessoria do INSS em Belém via e-mail, porém até o fechamento desta edição não recebeu nenhum posicionamento do órgão, o que aliás tem se configurado uma prática recorrente. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)