Correio de Carajás

Inquérito vai investigar explosão em Brasília como ato terrorista

Artefatos foram detonados em um carro no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados e em frente ao STF, na noite de quarta-feira (13). Uma pessoa morreu.

Carro foi encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara — Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as duas explosões que ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, na noite desta quarta-feira (13). O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

“O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato. Já concluímos a varredura por parte da PF no local onde houve a explosão”, disse.

  • ➡️ Lei antiterrorismo, em vigor desde 2016, define como ato de terrorismo “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”.

A Polícia Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal passaram a madrugada fazendo varredura.

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De acordo com a PF, o homem que morreu após detonar explosivos alugou uma casa em Ceilândia “há vários meses”. A região fica a 30 km da Praça dos Três Poderes.

Segundo a investigação, foram encontrados explosivos neste imóvel. Foram utilizados cães farejadores para fazer a varredura, que continuava no início da manhã desta quinta-feira.

Ataque com bombas

 

Entorno do Supremo Tribunal Federal (STF) é isolado após pelo menos duas explosões ocorreram na Praça dos Três Poderes por volta das 19h30 desta quarta-feira, 13, em Brasília. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Entorno do Supremo Tribunal Federal (STF) é isolado após pelo menos duas explosões ocorreram na Praça dos Três Poderes por volta das 19h30 desta quarta-feira, 13, em Brasília. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Na noite desta quarta-feira (13), um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz morreu após uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13). Momentos antes, outras explosões aconteceram em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.

O intervalo entre as explosões nos dois locais foi de 20 segundos. Bombeiros e militares especializados em explosivos foram ao local, que ficou isolado, para fazer uma varredura. Até a última atualização desta reportagem, o corpo de Francisco Wanderley Luiz não havia sido retirado do local.

Antes da explosão em frente ao STF, o Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou outro explosivo na nuca.

A Polícia Militar do Distrito Federal faz uma varredura, na manhã desta quinta-feira (14), na Praça dos Três Poderes. Por conta disso, as atividades no Supremo e na Câmara foram suspensas até o meio-dia. Já o Senado decidiu cancelar o expediente. O Planalto ainda não informou se agenda de Lula será mantida.

Investigação de terrorismo em 2022

 

Em 2022, o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, que na época tinha 54 anos, foi autuado em flagrante por terrorismo, após confessar ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília.

Os suspeitos de tentativa de atentado em Brasília Alan Diego dos Santos Rodrigues, à direita, e George Washington de Oliveira, à esquerda — Foto: Reprodução
Os suspeitos de tentativa de atentado em Brasília Alan Diego dos Santos Rodrigues, à direita, e George Washington de Oliveira, à esquerda — Foto: Reprodução

Investigações apontaram que ao lado de Alan Diego dos Santos Rodrigues, George Washington planejou um atentado à bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília na véspera do Natal.

dupla foi condenada em 2º instância em 2023. George Washington recebeu a pena de 9 anos e 8 meses de prisão e, Alan, 5 anos de reclusão. Os dois continuam presos.

(Fonte:G1)