Correio de Carajás

Inmet: 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil

Último ano teve uma temperatura 0,79°C acima da média histórica de 1991/2020, que é de 24,23°C. Levantamento é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) com dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Foto: AP Photo/Charlie Riedel

2024 entrou para a história como o ano mais quente já registrado no Brasil desde o início das medições em 1961.

A constatação é de um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com dados também da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta sexta-feira (3)

Segundo o Inmet, a média das temperaturas no país durante 2024 atingiu 25,02°C, superando em 0,79°C a média histórica de 1991-2020, que é de 24,23°C .

Leia mais:

Os anos mais quentes no Brasil coincidem com períodos de forte influência do fenômeno El Niño. E em 2024, assim como em 2023, o El Niño apresentou intensidade de forte a muito forte, contribuindo significativamente para as temperaturas elevadas.

Ainda segundo o Inmet, por 16 meses consecutivos, de junho de 2023 a setembro de 2024, a temperatura média global provavelmente excedeu qualquer registro anterior.

De forma geral, desde junho de 2023, o mundo vem registrando também um mês mais quente a cada novo período, um dado preocupante que ilustra o especialistas chamam de emergência climática.

No Brasil, as mudanças climáticas aumentaram, por exemplo, em duas vezes a probabilidade de ocorrência das chuvas históricas que causaram enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul entre o final de abril e início de maio de 2024.

Aliado a isso, dias quentes, secos e com fogo mais que triplicaram na Amazônia e no Pantanal. Como mostrou o g1 com exclusividade, em 2024 o Brasil enfretou também a maior seca da sua história, com aproximadamente um terço do território em situação de seca intensa.

No Pantanal, as alterações climáticas aumentaram em cerca de 40% o número de incêndios florestais observados em junho. Além disso, a crise climática elevou em até 20 vezes a chance de condições meteorológicas que contribuíram para a intensificação dos incêndios na Amazônia Ocidental entre março de 2023 e fevereiro de 2024.

(Fonte:G1)