Só no mês de julho, quatro mortes no trânsito foram registradas no perímetro do município de Marabá. Foi pensando na prevenção desses acidentes, que a 2ª Promotoria Criminal de Marabá e o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), através da Coordenação de Educação no Trânsito, promoveram nesta sexta-feira, 28, uma ação socioeducativa para infratores com acordos penais relacionados ao trânsito, em Marabá. O ato faz parte de um projeto maior, o “Trânsito sem Álcool: educar para não infringir”.
A ação aconteceu no auditório do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), na Agrópolis do Incra, em Marabá. Esta foi a primeira de uma série que será realizada mensalmente a partir de agora. A necessidade de realização nasceu da percepção da promotoria em relação ao grande número de acidentes de trânsito na cidade.
“Nós percebemos que fazíamos acordos somente com prestações pecuniárias e prestação de serviços à comunidade e essas pessoas acabavam reincidindo, elas não saiam com essa consciência de crime e de que isso gera um risco não só para eles, mas para outras pessoas também”, explica Lorena Miranda, 2ª Promotora de Justiça Criminal de Marabá. Ela destaca que o trânsito marabaense é caótico, fator que impacta no alto número de vítimas, fatais ou não.
Leia mais:É a partir desse entendimento, que a conscientização para prevenção se tornou o foco das ações educativas que estão sendo promovidas. Nesta primeira oportunidade, agentes do DMTU e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compartilharam suas experiências relacionadas a acidentes de trânsito.
O consumo de álcool foi um dos temas abordados e durante as falas sobre o assunto foram destacadas, através de exemplos práticos, quais os impactos desse tipo de atitude. “Especialmente as consequências do álcool no organismo e o quanto ele retira da pessoa essa possibilidade de reflexo, de reação no trânsito”, reflete a promotora.
Animada com os resultados alcançados no primeiro dia, a promotora Lorena conta que quem participou da experiência foi altamente impactado por ela. “Saíram agradecidas, inclusive, e a gente se sente bem satisfeito porque era essa mesma a intenção, que eles pudessem ter uma ideia diferente daquilo, ter mais consciência e transformar o erro em aprendizado”. Ela finaliza expondo que a organização do projeto não quer culpados, mas pessoas responsáveis no trânsito. (Luciana Araújo)