Correio de Carajás

Indígenas mantêm interdição de obra de ponte na BR 230

Indígenas parakanãs e Dnit não chegaram a um acordo sobre a construção de uma ponte na rodovia BR-230. A obra fica localizada a 50 quilômetros da sede do município de Novo Repartimento. Ao menos 3 pessoas perderam a vida no local.

Os indígenas da etnia Parakanã interditaram, no início de fevereiro, a construção da ponte sobre o Rio Chatoapava. Eles reivindicam a liberação de quatro caminhões zero quilômetro como adiantamento de ações do Programa de Desenvolvimento Local previsto no Plano Básico Ambiental Indígena (PBAI) da Terra Indígena Parakanã, objetivando atendimento de condicionante do licenciamento ambiental das obras de pavimentação e implantação da Rodovia BR-230. Os bens estão orçados em R$ 1.802.433,32.

Reunião entre lideranças indígenas e representante do Dnit em Marabá não avançou

De acordo com o órgão federal, houve atraso na conclusão da compra e entrega dos veículos. E com essa explicação os índios mantiveram a interdição da obra após reunião realizada na segunda-feira (7), em Marabá, com o engenheiro Jairo Rabelo, responsável pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (Dnit) na região. A empresa que venceu a licitação pediu mais 60 dias para entregar os veículos.

Leia mais:

Dois graves acidentes de trânsito foram registrados no local da construção da ponte. Um deles, em dezembro do passado, matou um casal. E em fevereiro deste ano a vítima foi um vendedor do Estado do Goiás. (Antonio Barroso)