André Amaro Nascimento, o Tripinha, e Maycon Patricio Rocha foram encaminhados para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, nesta quarta-feira (28), após uma incursão da Polícia Militar apreender crack, cocaína e maconha na Vila Canaã, também conhecida como ‘Vila do Rato’, na Marabá Pioneira.

Equipes continuam realizando diligências para localizar uma terceira pessoa, que foi baleada durante a ação policial, mas conseguiu fugir por uma área de mata.
A acão teve início no final da manhã, por volta das 11h30, quando uma guarnição tática fazia patrulhamento na área. De acordo com o major Teixeira, comandante do 1º Batalhão de Missões Especiais (BME), os policiais averiguavam denúncias frequentes da comunidade sobre atividades ilicitas que estariam sendo praticadas na região.
Durante o monitoramento, os policiais avistaram quatro pessoas que correram em direção à área de mata ao perceberem a presença da viatura. “Esse grupo de jovens correu e, quando nós conseguimos nos aproximar, um deles disparou contra a equipe policial. Houve um imediato revide e ele encontra-se ferido em área de mata, nós não conseguimos localizá-lo até o momento”, informou o comandante no final da tarde.
DROGAS
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Contudo, os policiais conseguiram prender André Amaro Nascimento, contra quem havia mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas e homicídio. Com ele, foi encontrada uma bolsa e uma sacola contendo entorpecentes. Ao todo, foram apreendidos 78 papelotes de maconha e mais 436 gramas da mesma erva; 36 gramas de cocaína e mais 16 papelotes do mesmo entorpecente; e 33 petecas de crack mais 75 gramas da substância.
A guarnição solicitou apoio de outras viaturas para tentar localizar os demais indivíduos e um deles, Maycon Patricio Rocha, foi abordado na Avenida Getúlio Vargas.
Na delegacia, para onde os dois foram levados junto com as drogas, André chegou a fornecer o nome errado para evitar ser identificado. “Fizemos a busca policial, junto com os companheiros da Polícia Civil, e localizamos a verdadeira identidade. Ele tem mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de entorpecentes e por um homicídio que ocorreu na orla da cidade (Orla Sebastião Miranda, na Marabá Pioneira)”, acrescentou Teixeira.
O major ressaltou que André é extremamente perigoso e pode estar ligado a facções criminosas. “Ele estava envolvido com os bandidos da ‘Vila do Rato’, traficando, comercializando drogas, trabalhando no mundo do crime”, comentou.
HOMICÍDIOS
O crime de homicídio pelo qual foi expedido o mandado de prisão contra André é investigado em um processo que corre no Tribunal de Justiça do Estado do Pará desde 2024, mas que está em sigilo, portanto, não há detalhes públicos sobre o caso.
Ocorre que esse não é único crime contra a vida pelo qual ele responde a processo. O Correio de Carajás localizou mais dois casos, um de 2016 e outro de 2017.
As informações só são públicas no primeiro processo, onde André é acusado, junto de Manoel Pedro Araújo de Sales e de Rômulo Araújo Feitosa, de ter matado Alexandre Morais da Silva, em 17 de junho de 2016, na Marabá Pioneira. O trio ainda responde por tentativa de homicídio contra outras cinco pessoas que estavam no local.
A Polícia Civil investigou que, naquela data, a vítima estava na casa de um amigo, na Rua Beijamin Constant, quando uma pessoa bateu na porta e disse que alguns indivíduos armados estavam chamando pelo grupo que estava na residência.
No momento em que Anderson e um dos amigos abriram a porta, ambos foram surpreendidos, conforme a investigação, por André e Rômulo, que começaram a disparar em direção a todos que estavam na residência. Algumas pessoas conseguiram fugir, mas Anderson tropeçou e caiu, sendo baleado. Manoel estaria do lado de fora da residência dando apoio para os atiradores, e chegou também a efetuar disparos, conforme a Polícia Civil.
O motivo do crime, de acordo com as vítimas sobreviventes, é uma rixa existente entre os bairros Francisco Coelho, o ‘Cabelo Seco’, e a ‘Vila do Rato’.
COMUNIDADE
De acordo com o major, enquanto a ação ocorria nesta quarta, a Polícia Militar precisou lidar com pessoas da comunidade que tentaram impedir o trabalho policial. “A comunidade tentou intervir para tentar buscar o preso da guarnição, o que eu desaconselho. Quem é cidadão de bem não tem que intervir em ocorrência policial, deixa a gente trabalhar e se afasta, é o que eu oriento”.
(Da Redação, com informações de Josseli Carvalho, PM e TJPA)