Três imóveis localizados na Folha 27, Quadra 17, no Núcleo Nova Marabá, em Marabá, foram devastados por um incêndio no amanhecer deste domingo (25). O fogo, que começou por volta de 5h, rapidamente se alastrou, consumindo completamente os galpões que abrigavam três negócios.
Os afetados são uma malharia, uma barraca de frutas e um galpão de construção de toldos, que foram destruídos antes mesmo da chegada dos bombeiros.
A reportagem deste CORREIO esteve no local e conversou com o sargento Edvane do Socorro Paixão da Silva, responsável pelo comando da operação dos bombeiros, o qual relatou que a equipe foi acionada pouco após as 6h e, ao chegar ao local, encontrou dois galpões em chamas. “
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“Conseguimos evitar que o fogo se alastrasse para outros imóveis próximos, incluindo uma madeireira”, afirma.
Segundo ele, a operação incluiu o uso de machados para abrir as portas dos galpões e acessar os focos de incêndio. No momento da entrevista, os bombeiros estavam realizando o rescaldo para eliminar a fumaça e evitar novos focos de incêndio.
Márcia Souza de Oliverke, proprietária da malharia que foi destruída pelo fogo, descreve o prejuízo causado pelo incêndio, estimado em cerca de R$ 150 mil. Ela conta que perdeu oito máquinas industriais, mesas de corte, tecidos e peças de clientes. “As portas de ferro que eu tinha reforçado para segurança acabaram dificultando a entrada de pessoas que tentavam salvar alguns itens. Só os bombeiros, com seus equipamentos, conseguiram arrombar a porta”, relatou.
“VOU RECOMEÇAR”
Apesar das perdas, Márcia demonstrou resiliência e fé, afirmando que está determinada a recomeçar.
“A sabedoria está comigo e com Deus. Ele me deu e não tenho medo de recomeçar. Dia 30 deste mês completo 52 anos de idade e o presente que me deram foi o recomeço. Não tenho medo. Nada do que se perdeu tem valor. Deus vai me dar tudo novo, de novo”, confia.
Outra afetada pelo incêndio foi Rosimar Santana de Araújo, de 63 anos, que trabalhava há quatro anos em uma barraca de frutas no local.
A vendedora explica que o espaço era alugado e que, apesar de não dormir no local, trabalhava de segunda a sábado, vendendo melancia, laranja e outros produtos. “Nós tiramos só um balcão, mas o resto queimou tudo”, lamenta. Ao ser informada sobre o incêndio, Rosimar foi rapidamente ao local, mas ao chegar, o barraco já havia sido consumido pelo fogo. “O bombeiro chegou depois, mas o nosso barraco já tinha queimado todo,” diz.
Segundo ela, um galpão ao lado de onde ele trabalhava estava vazio, mas era comum que pessoas em situação de rua frequentassem o local para usar drogas. Ele acredita que essas pessoas podem ter sido responsáveis por iniciar o incêndio, embora apenas a perícia possa confirmar essa hipótese.
Além da malharia e da barraca de frutas, outro galpão, onde funcionava uma oficina de toldos, também foi destruído. Três negócios foram completamente perdidos, afetando a vida e o trabalho de todos os envolvidos.
A causa do incêndio ainda será determinada pela perícia, que deve ser realizada nos próximos dias. Enquanto isso, os moradores da área estão em estado de alerta, preocupados com a possibilidade de novos incidentes semelhantes. (Ulisses Pompeu e Thays Araujo)