Correio de Carajás

“Igreja é governada usando cabeça e coração”, diz Papa Francisco em novo livro

Pontífice afirmou que nunca pensou em renunciar

Papa Francisco no Vaticano (Foto: Reustes/Ciro De Luca)

O Papa Francisco, que fez 88 anos no mês passado, diz em um novo livro que se sente saudável e não tem planos de renunciar como líder da Igreja Católica global.

“Estou bem”, afirma o pontífice em uma autobiografia à venda em mais de 100 países nesta terça-feira (14). “A realidade é, simplesmente, que estou velho.”

Francisco, que agora usa frequentemente uma cadeira de rodas devido a dores nos joelhos e nas costas, afirmou que “a Igreja é governada usando a cabeça e o coração, não as pernas.”

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Na última semana, o pontífice pediu a um assessor para ler um discurso importante devido a um resfriado.

Francisco, natural da Argentina e o primeiro papa da América Latina, lidera a Igreja de 1,4 bilhão de membros desde 2013.

Ele sofreu de gripe e problemas relacionados várias vezes nos últimos dois anos. O pontífice também passou por uma cirurgia em 2021 para tratar uma condição dolorosa chamada diverticulite, e novamente em 2023 para reparar uma hérnia.

“Cada vez que um papa fica doente, os ventos de um conclave sempre parecem estar soprando”, afirma Francisco no livro, referindo-se à reunião secreta de cardeais católicos que um dia elegerá o próximo pontífice.

O Papa também ressalta que mesmo durante os dias da cirurgia “eu nunca pensei em renunciar”.

Livro seria lançado somente após sua morte

 

O novo volume, intitulado “Hope”, “Esperança” na tradução literal, é o segundo de dois livros em dois anos, seguindo um livro de memórias que saiu em março de 2024

A Mondadori, editora italiana do livro, declarou que o novo volume foi originalmente planejado por Francisco para ser lançado após sua morte.

Mas ele decidiu que ele deveria ser publicado durante o Ano Santo Católico em andamento, que também está se concentrando no tema da esperança.

Ao longo do volume de 303 páginas, o pontífice analisa sua vida enquanto crescia em Buenos Aires, a carreira como bispo na Argentina e algumas das decisões que tomou como líder da Igreja global.

Francisco defende fortemente uma decisão de 2024 para permitir que padres ofereçam bênçãos para casais do mesmo sexo caso a caso.

Essa decisão desencadeou um amplo debate na Igreja, com bispos em alguns países, particularmente na África, se recusando a deixar seus padres implementá-la.

Em uma declaração, o Papa afirmou que as pessoas é que são abençoadas, não os relacionamentos. “Todos na Igreja são convidados (para uma bênção), incluindo pessoas divorciadas, incluindo pessoas homossexuais, incluindo pessoas transgênero.”

“A homossexualidade não é um crime, é um fato humano”, ele expressa.

(Fonte:CNN Brasil/Joshua McElwee)

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