Pensando em oferecer oportunidades a crianças e adolescentes de baixa renda, a Igreja Batista Central da Nova Marabá desenvolve o Projeto Social “Campeões no Jogo da Vida”, que oferece gratuitamente diversas atividades esportivas e de aprendizado, entre elas, a escolinha de futebol; cursos de informática, de inglês e de Libras; aulas de reforço escolar e a oficina de talento, com aulas de violão e bateria.
Podem participar crianças a partir dos seis anos e adolescentes com até 16 anos. Os pais ou responsáveis tem até o dia 10 de fevereiro para garantir uma vaga. Para isso, basta procurar a sede da igreja, que fica na Folha 19, portando CPF, RG, comprovante de endereço e uma declaração da escola onde o filho está matriculado.
Leia mais:Segundo o coordenador do projeto, Osvaldo Ferreira dos Santos, ao longo de todo o ano é possível fazer a inscrição em todas as atividades. “A gente só pede que os pais se apressem até o dia 10 para que as primeiras turmas sejam formadas, mas o ano inteiro a gente recebe novos alunos no projeto”, explicou.
Ainda de acordo com o pastor, todas as atividades são desenvolvidas por voluntários e que para este ano o projeto precisa de novas pessoas que se comprometam em ajudar. “Todo ano a gente fica nessa busca por novos voluntários e quem quiser participar e ajudar, basta nos procurar”.
Os cursos são desenvolvidos em salas da igreja e os treinos da escolinha de futebol e de outras atividades esportivas, como o Floorball, que é uma adaptação do Hóquei que normalmente é jogado no gelo, são realizados no campo que fica próximo a Escola Terezinha Souza Ramos, na Nova Marabá, ou ainda na quadra tanto dessa escola quanto da José Cursino, que fica na Folha 10.
Além dos cursos, a equipe do projeto social distribui mensalmente cestas básicas para as crianças e adolescentes matriculados, que também recebem acompanhamento com visitas que são feitas tanto na casa quanto na escola dos alunos.
“O nosso maior objetivo é ajudar essas famílias e contribuir para que essas crianças não sejam vítimas da violência e não se envolvam com a criminalidade”, afirmou o pastor Osvaldo.
O projeto foi criado outubro de 2017 e começou atendendo apenas oito crianças com a escolinha de futebol. Em 2018, a igreja registrou o projeto, que finalizou 2019 atendendo ao todo 145 alunos, entre meninos e meninas.
Mas, o trabalho voluntário exige muito, principalmente, de recurso financeiro e por isso quase foi encerrado. “A gente viaja com os meninos para campeonatos, distribui cestas básicas e tudo que a gente faz é contando com a ajuda das pessoas da igreja e das escolas que nos apoiam. Mas, é difícil e até pensamos em encerrar as atividades. Só que a gente vê o quanto essa assistência é importante para as crianças, por isso vamos continuar”, contou Osvaldo.
O pastor contou ainda o exemplo de um jovem que chegou ao projeto aos 18 anos e que fazia assaltos desde a adolescência. Hoje, aos 20 anos o rapaz se tornou instrutor da escolinha de futebol. “Eu lembro que não queria aceitar o Luan por causa da idade, mas a avó dele me pediu chorando para que eu a ajudasse a tirar o neto do crime. E em poucos meses ele mudou completamente e é o nosso maior exemplo de transformação”, lembrou.
O pastor Osvaldo ressaltou, ainda, que para participar das atividades do projeto não é necessário frequentar a igreja. “A gente tem, sim, momentos de oração e de orientação, mas não é necessário ser evangélico ou frequentar a nossa igreja”, finalizou. (Fabiane Barbosa)