Na quarta-feira, 24 de julho, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Parauapebas, ofereceu denúncia contra Cícero Menezes de Moraes de 62 anos, por sua participação no homicídio de Juracy Lopes Rodrigues. O caso teve grande repercussão na cidade, pois a morte de Juracy ocorreu após uma briga relacionada a uma aposta em um jogo de sinuca.
No dia 19 de abril de 2024, o assassino, atualmente preso no sistema penitenciário do Pará, efetuou disparos de arma de fogo contra Juracy no Bar do Matias, localizado no bairro União, em Parauapebas.
Segundo a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Leon Klinsman Farias Ferreira, o crime teria sido motivado por uma disputa fútil relacionada a um jogo de sinuca.
Leia mais:A denúncia detalha que o desentendimento entre os dois começou meses antes do homicídio, quando Juracy teria zombado do acusado durante uma discussão sobre a aposta feita no jogo de sinuca. Apesar da briga inicial parecer trivial, o conflito escalou de forma violenta. Na noite do crime, Juracy foi atacado de surpresa, quando estava desarmado e distraído, sendo atingido por tiros do lado de fora do bar.
As investigações revelaram que Juracy vinha sendo ameaçado pelo acusado, com o boletim de ocorrência registrado pela vítima confirmando a série de ameaças anteriores. As provas incluem imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas que identificam o acusado como o autor dos disparos.
REBARBADO NA PRISÃO
Curiosamente, Cícero Menezes de Moraes foi preso no dia 26 de junho último. Avisada de que ele estava na cidade, circulando na mesma moto em que fugiu após o assassinato, uma Honda Bros 160, vermelha, placa QVQ9J40, a equipe da Delegacia de Homicídios da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil dirigiu-se ao endereço do acusado, na Quadra 18, Rua 19, Bairro Jardim União. Assim que ele chegou, foi abordado e recebeu voz de prisão, em cumprimento a Mandado de Prisão Temporária, expedido pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas.
Mas, ao invés de acatar a ordem da Justiça e se entregar pacificamente, Cícero de Moraes sacou de um revólver, o mesmo com o qual matou Juracy Rodrigues, e passou a atirar contra os policiais civis. Foram cinco disparos de calibre 38, dois dos quais atingiram o investigador Abrahão, iniciando um tiroteio, ao final do qual o próprio criminoso levou um tiro de raspão no braço esquerdo.
Ambos foram atendidos no Hospital Municipal de Parauapebas e liberados pela equipe médica. Da casa de saúde, o rebarbado Cícero foi conduzido para a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil e além da execução de Juracy Lopes Rodrigues, agora será processado também por tentativa de homicídio e lesão corporal.