A Hydro obteve ontem da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PA) licença ambiental para operar em sua capacidade máxima na planta de produção de alumina Alunorte, em Barcarena. A refinaria está operando com metade da capacidade desde o início do ano passado, por determinação da Justiça estadual, após acusações de despejo ilegal de efluentes em rios da cidade.
Logo após o incidente, a empresa admitiu ter realizado o despejo, mas nega que a medida tenha causado danos ao meio ambiente. Ultimamente, busca autorizações para a retomada.
Ontem, a diretoria de Licenciamento Ambiental da Semas emitiu uma nota técnica constatando que a empresa, entre outros avanços, apresentou melhorias implementadas, ou em implementação, garantindo que o sistema de gerenciamento de efluentes suportaria eventos de precipitação extrema como o ocorrido em fevereiro de 2018.
Leia mais:Diante disso, o documento informa que a Hydro está apta a operar nos níveis normais de produção (100%) de alumina calcinada, com sua capacidade nominal de projeto. Agora, resta à Hydro apresentar a liberação à Justiça para a retirada completa do embargo.
Desde 1º de março de 2018, a mineradora opera com 50% de sua capacidade, por força do embargo imposto pela Justiça estadual, que entendeu haver fortes indícios de danos ambientais e à comunidade ocasionados pelo vazamento do Depósito de Resíduos Sólidos 2, mantido pela refinaria.
A Hydro Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo. Emprega cerca de 4,4 mil pessoas no Pará e tem uma capacidade nominal de 6,2 milhões de toneladas por ano.
(Diário do Pará)