O 2º sargento Vinícius, lotado no 4º Batalhão de Polícia Militar e prestando serviço em Palestina do Pará, procurou a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, em Marabá, na noite de ontem, terça-feira (7), para registrar boletim de ocorrência informando estar sendo vítima de injúria em relação à morte do professor do professor Ederson Costa dos Santos, de 29 anos, ocorrida na madrugada do último sábado, dia 4.
Conforme o policial, ontem, após a divulgação das imagens do crime pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil, diversas pessoas começaram a compartilhar em redes sociais fotos do sargento acompanhado da esposa, afirmando que seriam eles as pessoas que aparecem no vídeo do crime.
O sargento esteve acompanhado do presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar em Marabá, o cabo J. Moraes, que concedeu entrevista afirmando que a entidade pretende responsabilizar juridicamente quem divulgou as fotos, além de afirmar que o executor do professor já teria sido identificado.
Leia mais:“Aqui está o boletim de ocorrência registrado pelo próprio delegado (Ivan Pinto), onde ele mesmo afirma que o sargento não tem nada a ver com o crime, inclusive nos passou que já tem identificação do autor, porém para não atrapalhar as investigações não vai repassar, mas afirmou que não se trata de policial militar”.
De acordo com o presidente, a assessoria jurídica da associação deverá acionar judicialmente todos aqueles que divulgaram ou encaminharam mensagens referentes à situação. “Vão responder pelos atos, pelo constrangimento e dano que causaram ao segundo sargento. A família dele, a esposa, os filhos, a mãe, estão em estado de choque porque a imagem deles está sendo divulgada não apenas em Marabá, mas em todo o sul e sudeste do estado do Pará. Isso não vai ficar assim, vamos procurar o direito do nosso policial militar doa a quem doer”, declarou.
O cabo defendeu ainda a instituição militar após muitas pessoas deduzirem que o crime foi praticado por um policial militar.
“Mais uma vez nós, como policiais militares, somos taxados como bandidos por pessoas que não sabem pegar as mensagens que chegam, as notícias, e verificar a veracidade dos fatos. Nossa instituição é bicentenária e quando se fala ‘policial militar’ somos 30 mil homens no Estado do Pará, então jamais nossa associação vai se calar diante dessas calúnias”.
O Correio de Carajás tenta, nesta manhã, conversar com o delegado responsável pelo caso para atualizar as informações acerca das investigações do caso, que causou grande comoção social não apenas em Marabá. O professor foi executado com dois tiros após ter se envolvido em um acidente de trânsito, no Núcleo Cidade Nova. (Luciana Marschall)