Depois de sofrerem a dor da perda de um ente querido, os familiares de Agildemar Aguiar, de 52 anos, ainda passaram por outra angústia. Quando foram receber o corpo no Hospital Municipal de Marabá (HMM), o cadáver simplesmente não estava mais lá, já havia sido liberada para a funerária que acompanhava a família de outro paciente que também faleceu no HMM. O corpo, que deveria ser levado para a Avenida dos Gaviões, bairro das Laranjeiras, já estava a caminho da Vila Cajazeiras, em Itupiranga.
“Quando fomos procurar o corpo, cadê? Ninguém sabia dizer onde estava… que hospital é esse? Que direção é essa que libera um corpo sem o parente estar lá?”, questiona Francisca da Conceição, parente de Agildemar, ao reclamar também que quando cobraram explicações no hospital, foram muito mal tratados.
Segundo a funerária que recolheu o corpo de Agildemar, a culpa é do HMM, que não manteve o devido controle. Segundo a empresa, quando o funcionário chegou são hospital havia dois corpos, de modo que a pessoa responsável pela entrega dos óbitos entregou o corpo errado para a funerária, que fez o serviço de conservação no cadáver em Marabá e, em seguida, foi para Cajazeiras. O motorista foi avisado da confusão, por telefone, já no meio do caminho e deu meia-volta.
Leia mais:Por outro lado, a direção do HMM limitou-se a responder que o caso está sendo apurado pelos responsáveis do setor. “Da nossa parte o episódio está em apuração. Quero que fique claro que não é rotina do hospital e não tenho conhecimento de nenhum caso semelhante a esse. De qualquer forma nos serve de alerta”, explica o diretor Marcos Jeovan.
Agildemar havia sido hospitalizado na segunda-feira da semana passada e faleceu na segunda desta semana. Toda a confusão se registrou na terça-feira (4). (Chagas Filho e Gecelha Sobreira/TV Correio)