Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas que vivem com demência – síndrome de natureza crônica ou progressiva, que leva a deterioração da função cognitiva –, no mundo está crescendo. O órgão estima que mais de 55 milhões de pessoas estão vivendo com o problema e o número pode chegar a 78 milhões em 2030.
Na semana em que é celebrado o Dia Nacional do Neurocirurgião (14 de abril), o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA), faz um alerta sobre os problemas relacionados ao cérebro e dá dicas para manter a saúde do órgão.
Leia mais:A unidade é referência em neurocirurgia, especialidade médica que se ocupa do tratamento de doenças do sistema nervoso central e periférico, para mais de um milhão de pessoas de 22 municípios do interior do Pará.
Marcio Costa, neurocirurgião que atua no HRSP, unidade que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde, destaca que o cérebro tem papel central no organismo e, para garantir seu bom desempenho, precisa ser exercitado constantemente, a fim de manter e criar conexões neurais, que irão contribuir com o seu desenvolvimento.
“O cérebro é o órgão mais importante do sistema nervoso, ele controla tudo que o nosso organismo faz, nosso raciocínio, pensamentos, emoções, respiração e as capacidades motoras. Mantê-lo saudável deve ser uma das nossas prioridades”, ressalta o especialista.
O profissional explica ainda que o desenvolvimento do cérebro se completa por volta dos 20 anos de idade e que, passado este ponto, gradualmente, as funções cognitivas começam a regredir, sendo importante exercitar a mente.
“Muitas pesquisas recentes apontam que o estilo de vida influencia muito na atividade cerebral, por isso atitudes simples podem ajudar a reduzir o declínio cognitivo e o risco de perda de memória, especialmente quando ficamos mais velhos”, complementa Marcio.
O médico também ressalta que existem condições neurodegenerativas que contribuem para o declínio cognitivo do cérebro, como o Alzheimer e Parkinson, doenças que prejudicam a qualidade de vida. “Elas trazem como consequência a degeneração progressiva ou a morte dos neurônios, causando problemas de movimentação, prejudicando a coordenação motora, deteriorando a função mental e provocando demências”, explica.
Confira as dicas para auxiliar na saúde do cérebro:
- Exercite seu cérebro: Aprenda coisas novas, leia um livro, medite, realize palavras cruzadas e exercícios de raciocínio lógico;
- Reduza o Stress: O stress crônico pode interferir nas funções cerebrais e aumentar o risco de ansiedade, dificuldade de aprendizagem ou perturbações do humor. Reserve todos os dias cerca de dez minutos para relaxar;
- Durma Bem: O sono está diretamente relacionado ao bem-estar físico e mental, desempenhando um papel essencial na ativação das funções cognitivas. Procure dormir sempre no mesmo horário, ao menos sete horas por noite. Assim é possível descansar bem, recuperar a energia e fortalecer a memória;
- Mais exercícios físicos, mais neurônios: A atividade física aumenta o aporte de oxigênio a nível celular, favorecendo a oxigenação do cérebro e auxiliando a liberação de uma proteína que promove a produção de neurônios;
- Tenha vida social ativa: Quem possui uma vida social ativa costuma ter bom desempenho cognitivo, principalmente na velhice, quando as pessoas tendem a se isolar mais, evitando sair de casa. Para isso é importante estimular as amizades e os compromissos sociais.
(Fonte: Ascom/HRSP)