Pecuaristas de toda a região, pessoas da cidade interessadas em investir em um bom negócio ou apenas colaboradoras vão estar no público do 2º Leilão Direito de Viver Marabá. Trata-se de uma das iniciativas locais para arrecadação de fundos para colaborar com o Hospital do Câncer de Barretos, agora tratado como “Hospital do Amor”. O evento acontece neste domingo, dia 26, a partir das 12 horas, no Parque de Exposição José Francisco Diamantino, à margem da BR-155.
“Trata-se de um hospital totalmente gratuito, que atende pacientes de todo o Brasil, inclusive aqui de Marabá, e que necessita dessa complementação de recursos, uma vez que apenas o que recebe do SUS não garante os seus altos custos de manutenção”, explicou ontem em entrevista à Rádio Correio FM, a pecuarista Angélica Rangel, uma das coordenadoras locais da iniciativa.
Angélica explica que toda a mobilização para fazer o leilão acontecer é voluntária dela, mais duas coordenadoras de arrecadação e uma série de colegas fazendeiros e empresários. Os animais e itens leiloados são também de doações ao longo de meses. De outro lado, durante o leilão deste domingo, a equipe vai promover várias interações paralelas, para propiciar a pessoas ali presentes que possam também fazer doações individuais nos valores que quiserem e puderem dispor.
Leia mais:Maurício Fraga, do Associação de Criadores do Pará, e um dos voluntários, adianta que o leilão vai contar com touros, fêmeas, novilhas, bezerros, carneiro, ovelhas, frangos, além de uma bela cadelinha filhote de yorkshire. O Grupo Correio de Comunicação é um dos apoiadores da iniciativa.
ARRECADAÇÕES
Para o Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, vale tudo para captar recursos: leilão de gado, renda de show de sertanejos, repasse de nota fiscal, leis de incentivos fiscais. Talvez um dos maiores “cases de sucesso” no Brasil por busca de doações na saúde, a instituição, que recentemente adotou o nome Hospital de Amor, tem a maior parte do seu funcionamento (até 60%, em alguns anos), amparada em doações.
O hospital privado, que atende 100% pelo SUS, tem nos repasses federais verba para custear somente algo entre 40% e 42% da operação. A obtenção de todo o resto vem de uma expertise que foi sendo construída ao longo dos anos e se baseia em grande parte na cultura sertaneja, da qual o hospital, que nasceu no interior de São Paulo em uma família de pecuaristas, faz parte. Pouco mais de um terço dos recursos vem de pelo menos 800 leilões de gado por ano. (Da Redação)