Correio de Carajás

Horta comunitária do Residencial Tiradentes tem produção para servir comunidade em Marabá

Hortaliças como cebolinha, alface e couve são as mais produtivas e comuns nos canteiros da horta comunitária do Residencial Tiradentes, em Morada Nova. Mas lá é possível encontrar de tudo um pouco. As 30 famílias que participam do projeto gostam de inovar e sempre que podem e buscam novas experiências de plantio. Também é possível encontrar, por exemplo, repolho, pimenta, tomate, jiló, berinjela, beterraba, dentre outros alimentos saudáveis. Mas a couve tem sido uma preocupação para muitos horticultores que investiram e, devido a pandemia, está vendo a produção se perder.

Acompanhada pela Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri), a horta faz parte do projeto “Põe no balde”, idealizado pela referida secretaria para reciclagem de resíduos orgânicos, que contempla ainda a construção de pátios de compostagem nos residenciais Tiradentes e Jardim do Éden, onde também existe uma horta comunitária. A Seagri tem dado suporte aos horticultores na cobertura dos canteiros, adubos, mudas, sementes e a irrigação, bem como assistência técnica. O terreno também foi doado pela Prefeitura.

Arlindo dos Santos trabalha há um ano no local. Ele conta que, inicialmente, entrou no projeto pensando em plantio e colheita apenas para a subsistência da família, mas na medida em que a produção foi crescendo, expandiu para outros lares e atualmente a horta tem gerado renda. “Temos a horta como uma parte de nós. Doamos nosso tempo para ela. A gente viu que investindo, colhemos os frutos com a venda dos produtos”, celebra ele.

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Joelma dos Santos também está animada com o projeto. Ela enfatiza que a horta possibilita a alimentação saudável, com produtos sem o uso de agrotóxicos. Além disso, o projeto tem proporcionado renda extra, embora ainda não seja como as famílias esperavam. Mas os envolvidos no projeto já sabem o que devem fazer para alavancar o sonho. É a criação da cooperativa e já estão trabalhando nisso. “Procuramos manter uma organização. Estamos visualizando ir atrás de ganhos maiores. Hoje estamos fazendo colheita, mas a expectativa é de plantar para vender para grandes empreendimentos, como supermercados”, vislumbra a horticultora.

José Feitoza da Silva, o Riquleme, representante do Instituto Florescer, disse acompanhar o projeto desde o início. Agora, ele pede a colaboração da comunidade e, principalmente, de empresários para incentivar as famílias na compra dos produtos.

“A gente tem bastante couve, cebola, produtos de qualidade e pedimos ajuda de empresários e políticos para facilitar a venda dos produtos”, ressalta o morador.

A horta comunitária é aberta todos os dias, normalmente nas primeiras horas da manhã e aos fins de tarde. Além disso, os produtos são comercializados pelos próprios horticultores por meio das mídias sociais, uma ferramenta bastante utilizada durante a pandemia.