Nesta quarta-feira (5) completou um ano da morte de Gean Costa da Luz, de 46 anos. O corpo dele foi encontrado dentro de um carro em uma estrada vicinal com visíveis sinais de enforcamento. Agora, passado exatamente um ano do ocorrido, familiares dele vieram de Açailândia (no oeste maranhense), para cobrar celeridade na apuração do caso, que está endo investigado pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil.
Uma irmã, tios e outros familiares foram à Vicinal Medalhão, entre São Félix e Morada Nova, pela manhã, para prestar homenagens póstumas a Gean e conversaram com a reportagem do CORREIO. Segundo eles, quanto mais o tempo passa, mais aumenta a angústia.
Uma tia de Gean observou que seu sobrinho não tinha dívidas, nem inimigos declarados, muito menos negócios escusos, sobrando apenas uma linha de investigação para ser melhor explorada.
Leia mais:“Eu acho que está faltando uma forcinha das autoridades, porque era uma pessoa que não devia nada a ninguém, trabalhador honesto… Nós queremos que isso seja esclarecido e essa pessoa (autor ou autores) vai ter que pagar…Não pode ficar no esquecimento”, argumenta Maria Magda Costa
Bastante emocionada durante as homenagens no local onde seu irmão foi encontrado, Geane Costa observou que ninguém da família terá paz enquanto o crime não for solucionado. “Já se passou um ano e nossos corações querem de saber que foi feita a Justiça”, clamou, ao acrescentar que a morte de Gean foi muito cruel “e não pode ficar impune”.
Investigações
Após a homenagem feita a Gean, os familiares dele seguiram até a sede do Departamento de Homicídios da Polícia Civil (na Folha 30) para conversar com o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, que investiga o assassinato. Mas, como é de praxe, ele repassou poucas informações sobre o andamento do inquérito.
Para a reportagem do CORREIO, o delegado informou apenas que o caso está sendo investigado em sigilo e se trata de uma apuração de complexa elucidação. Orientou também que aqueles que sabem informações podem auxiliar pelo Disque Denúncia.
Ainda de acordo com o delegado, apesar de todo esse tempo percorrido, as investigações ainda permanecem e com perspectiva da oitiva de pessoas que ainda não foram ouvidas e também uma nova oitiva de pessoas que já prestaram depoimento anteriormente para confrontar as versões.
“Toda a investigação ocorre com o conhecimento do Ministério Público. Esta não é diferente, inclusive com o conhecimento do Poder Judiciário”, afirmou o policial, acrescentando que a família tem auxiliado bastante, inclusive com a contratação de um escritório de advocacia para o acompanhamento das investigações, “o que é salutar”.
O crime
Quando o corpo de Gean Costa da Luz foi encontrado sem vida dentro de um veículo abandonado na Vicinal Medalhão, havia uma corda enrolada em seu pescoço. A causa da morte apontada pelo Instituto Médico Legal (IML) foi asfixia mecânica.
E embora o cadáver estivesse no carro, tudo leva a crer que ele foi morto em outro lugar, colocado dentro do veículo e desovado ali, pois não havia sinais de luta no interior do veículo e dificilmente alguém sendo enforcado não iria se debater. “Até o tapete estava no lugar”, disse uma pessoa que teve acesso ao veículo no dia em que o corpo foi achado.
(Chagas Filho)