Correio de Carajás

Homicida que atirou em policial já é condenado

Até o final da tarde de ontem (22), o indivíduo identificado como Claudio da Silva Dias, que baleou um policial em Rondon do Pará na segunda-feira, ainda não havia sido preso. A reportagem do CORREIO apurou que Claudio já matou uma pessoa e tentou matar outra no ano de 2015, sendo condenado em 2018 a 20 anos de prisão. Desde então ele estava foragido na zona rural de Rondon, onde mantinha sua atual companheira e cinco filhos em cárcere privado.

As vítimas foram libertadas na segunda e foi justamente durante a libertação do cativeiro que Claudio, que estava escondido na mata, deu um tiro na direção da viatura que atingiu o braço esquerdo do investigador Fagne Marcelo Franco.

Várias equipes das polícias Civil e Militar se deslocaram até a região da Vila Santa Helena, onde tudo aconteceu, na tentativa de prender o indivíduo.

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O BALEAMENTO

Sobre a operação policial que resultou no baleamento do policial e libertação das vítimas, de acordo com informações repassadas pela polícia, a equipe de plantão da Polícia Civil da Delegacia de Rondon do Pará, composta pelo delegado Wellton Fernandes e investigadores Fagne Franco e Heyder, recebeu a informação de que havia uma família com cinco crianças mantida em cárcere privado por Cláudio Dias.

Quando a equipe policial chegou ao local foi constatado que Cláudio não estava na residência, mas que cinco crianças juntamente com Erica Sales Araújo, a mãe, estavam no imóvel. Àquela altura os policiais já sabiam que Claudio era um homicida foragido, mas imaginavam que ele tinha fugido. Porém o criminoso estava escondido na mata perto da casa.

Érica contou aos policiais que estava sendo impedida de sair de casa sob ameaça de morte do seu companheiro Claudio. Ela disse também que estava passando fome tendo em vista não trabalhar e Claudio não estava arcando com as despesas da família.

Constatando o cárcere privado, a polícia solicitou que a família acompanhasse a equipe na viatura policial, o que foi feito. No entanto, durante o deslocamento para a delegacia, a viatura foi atingida por um tiro que atingiu o braço esquerdo do investigador Fagne.

Tudo leva a crer que o atirador estava escondido atrás de alguma moita bem próximo da estrada em que passou a viatura. Obviamente Cláudio é o principal suspeito, tendo em vista que ele saiu de casa com uma espingarda calibre 28 momentos antes da equipe policial chegar ao local.

O investigador recebeu socorro imediatamente e foi transferido para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde se encontra em observação e está estável.

HOMICÍDIO E TENTATIVA

Sobre Claudio, a reportagem apurou que ele, junto com dois comparsas identificados como Ricardo da Silva Dias e José Carlos da Silva Dias, irmãos de Claudio, matou um ex-concunhado dele, Paulo dos Santos Silva, porque o rapaz tentou salvar a ex-mulher der Claudio, Luciana da Silva Mendes, que também foi baleada e sobreviveu por milagre, mas teve de ser submetida a várias intervenções cirúrgicas e até hoje tem sequelas do atentado. (Chagas Filho com informações da Polícia Civil)

Saiba Mais

O foragido Claudio Dias foi condenado por ter assassinado o ex-concunhado e tentado matar a ex-mulher. Agora ele mantinha a atual companheira em cárcere privado junto com cinco filhos e ainda atirou em um policial que foi libertar suas vítimas do cativeiro.